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040211_zambeziaMoçambique - Jornal de Notícias - Há falta de transparência na gestão dos fundos do Orçamento de Investimento de Iniciativas Locais (OIIL) no distrito de Mopeia, na Zambézia. Cidadãos residentes em várias localidades e postos administrativos daquele distrito, localizado no vale do Zambeze, denunciaram as manobras pouco transparentes de como os sete milhões estão a ser atribuídos aos proponentes dos projectos de produção de comida e geração de emprego, com os membros do Conselho Consultivo local a beneficiar seus amigos ou familiares, maioritariamente que não precisam daqueles valores por ser gente graúda.


Celestino Miguel, cidadão que denunciou o facto em plena reunião pública orientada pelo governador da Zambézia disse que, em Mopeia, os sete milhões são para os "barrigudos", referindo-se a comerciantes, negociantes, amigos ou familiares das pessoas que têm poder de decisão no Conselho Consultivo Distrital de Mopeia sobre a quem atribuir fundos para desenvolver seus projectos.

O cidadão, bastante ovacionado, disse, na ocasião, que há muitos camponeses que remeteram os seus projectos, solicitando poucos valores mas que não encontram resposta porque o dinheiro foi entregue aos chamados "barrigudos" sem que tenham apresentado qualquer tipo de plano. Referiu que quando se procura alguma explicação são informados que os seus projectos estão a ser analisados pelos técnicos.

Entretanto, o governador da Zambézia, Francisco Itae Meque, reconheceu haver pouca transparência na gestão daquele fundo, facto que levou a chumbar o relatório do desempenho do executivo de Mopeia apresentado por ocasião da sua visita de trabalho àquele distrito. É que o relatório, para além de reflectir as actividades dos diferentes sectores de actividades socioeconómicas não detalha quanto dinheiro dos sete milhões foi alocado, quem são os beneficiários, que resultados estão a produzir e quantas pessoas estão empregues.

A equipa do governo distrital está desarticulada e incapaz de elaborar um relatório melhor estruturado para mostrar como tem vindo a trabalhar para alcançar os melhores índices de crescimento socioeconómico. O governo aloca fundos para o desenvolvimento distrital mas o dinheiro não é canalizado para os reais beneficiários, o que aumenta a pobreza e descontentamento no seio da população daquele distrito potencialmente agrícola.

"Há fraquezas na liderança do distrito", disse Francisco Itae Meque que confirmou que há poucos camponeses que receberam o dinheiro para trabalhar a terra de forma a sustentarem os seus dependentes.

De acordo com o governante, o governo distrital de Mopeia tem quinze dias para reformular o seu relatório de actividades e deverá junto dos mutuários encontrar uma plataforma de entendimento por forma que estes apresentem um plano de reembolso do dinheiro para que outros cidadãos que estão na fila tenha a oportunidade de se beneficiar dos fundos para executar seus projectos.


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