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moradiaAngola - Diário Liberdade - Cerca de 100 famílias do município de Viana, em Luanda, foram desalojadas de seus lares nesta semana, por ordem da Administração local. Muitas ainda estão desabrigadas nas proximidades do local, pois não encontraram outro abrigo.


Os moradores foram despejados sem avisos prévios, notificações ou alguma compensação ou habitação, por isso contestam os despejos e demolição de suas casas. As autoridades recusam-se a dialogar com os moradores e a polícia e até mesmo militares foram ao local para intimidar os cidadãos.

Em declaração à DW, Alcides Sakala, porta-voz da UNITA (principal partido de oposição), disse que as habitações não são ilegais e que os moradores conseguiram permissão para construir suas casas no local mas que "outros interesses, que estão acima dos interesses das populações, expulsam esta mesma população, sem, no entanto, existir uma negociação prévia". Ele informou também que quase todas as cidades de Angola não possuem um plano diretor.

Até o momento não se sabe o que será construído na área de demolição e nem mesmo quem está por trás da reivindicação dessas terras.

Outros casos de famílias desalojadas

Em 2009, moradores da Ilha do Cabo, em Luanda, tiveram suas casas demolidas e foram transferidos para o Zango 1, que fica em um complexo de comunidades com baixa infraestrutura. Seis anos depois, as mais de três mil famílias que hoje residem no local apelam ao governo para que faça alguma coisa, porque afirmam que sua situação apenas piorou.

"Acredito que se algum membro do governo viesse viver aqui durante apenas um mês, não resistiria, morreria. Se dizem que aqui vivem seres humanos, porque não passam aqui?", declarou um jovem à VOA.

Outro morador disse que após seis anos, isso é um insulto desumano. "Praticamente fomos deitados aqui na rua como se fôssemos cães" e afirmou que até hoje carrega no peito a dor da expulsão de sua casa.

Também a plataforma Central Angola informa que as famílias do bairro do Pantanal, próximo de Viana, estão na mesma situação de sofrimento com casos de despejos.


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