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Euskal Herria: Que fazer?

Boltxe Kolektiboa - Publicado: Terça, 16 Fevereiro 2010 19:57

Evitar a mudança real em Euskal Herria, a tarefa dos estados espanhol e francês. Que fazer? 


Boltxe Kolektiboa 

A Esquerda Abertzale concluiu o seu debate. No mesmo, a imensa maioria de sua militáncia, contada por milhares de mulheres e homens optou pola superaçom de todas as violências que afectam Euskal Herria nos seus sete territórios.

É umha má notícia para Madrid e Paris, sem dúvida nengumha. Mas nom é fácil desenvolver a actividade política contra a vida quotidiana dos últimos 50 anos de Resistência Armada para evitar que os imperialismos franco-espanhóis assimilem e fagam desaparecer este país, nem é fácil eludir as provocaçons estatais e as detençons de vingança espanholas.

Nom, nom vai ser fácil, já que a força dos hábitos nom se ultrapassa por umha mera declaraçom política. Nom vai ser fácil desenvolver a vida política em parámetros diferentes àqueles que a esquerda de Euskal Herria tem recebido geraçom combatente depois de geraçom combatente. Mas é necessário passar a outro cenário político, disto nom cabe dúvida algumha. Manifestava o Mahaikide Rufi Etxebarria que é hora de capitalizar os sacrifícios e a capacidade de desenvolvimento de organismos populares das últimas décadas. E é rigorosamente verdadeiro: esta é a tarefa pendente. A partir do regime, os seus elementos mais fascistas venhem avisando de que este é o objectivo a bater polo Estado imperialista e antidemocrático espanhol. A esta preocupaçom soma-se, como sempre, o PNV acomodadiço, com a sua tradicional dupla linguagem.

Por um lado, Urkullu legitima o governo golpista de López e Basagoiti nas veladas natalícias de Ajuria Enea, declarando à monarquia espanhola a sua sumissom e acatamento da fascista Lei de Partidos espanhola e das instituiçons que nascem de umhas eleiçons que nom representam este país. Espanha fai o que tem feito dantes nas Filipinas, Cuba ou América Latina, nos tempos em que no império nom se punha o sol. No entanto, aquele tempo e este nom se parecem em nada. O antigo império espanhol que engordou com o roubo e o assassinato, dos povos periféricos peninsulares primeiro, da América depois, é hoje um triste reflexo de pretéritos tempos de morte e genocídio abençoados pola igreja criminosa católica e suas inefáveis chefes corruptos de Roma.

Hoje Espanha desaba aos pedaços, percorrida polo cancro das instituiçons corruptas franquistas, às quais se somárom aquelas formaçons políticas que abandonárom a defesa dos interesses populares para assumirem a lógica do político franquista. Roubar e enriquecer-se a conta do Estado que defendem porque dele levam chorudos lucros particulares. Assim tem sucedido com a corrupçom e a especulaçom imobiliária e assim imponhem projectos antissociais extremamente lucrativos como o TAV para as elites económicas e empresariais que tenhem levado a sua populaçom aos níveis reais de pobreza em que se encontra, rebentada a bolha de autobombo e inconsciência posterior ao "já somos europeus! " erguido no seu dia pola Espanha cañí a que também aderiu o seu mais leal servente em Hego Euskal herria, o PNB de Ortúzar e Egibar com a extinta EE.
 
Sim, o PNB é seu mais fiel valedor em Euskal Herria, a agir como a Quinta Coluna da Monarquia emboscado de neonacionalista. Daí que em vésperas das eleiçons municipais e forais de 2011 tenham iniciado umha dupla estratégia de cortejo ao PSOE através de Erkoreka e Urkullu, enquanto levam de passeio Egibar para exercer de enfant terrível e paladim “abertzale” junto à miserável organizaçom de jovens apoltronados dos jelkides, Euzko Gaztedi, aparentando que à seita de Ajuria Enea importa algo o direito a decidir. Nom, o PNV desprega a sua habitual cerimónia da confusom e se apresenta à sociedade basca como a grande organizaçom marxista que é.

Fiel seguidora de Groucho Marx, sem dúvida algumha. Estes som meus princípios!, dizia Gruoucho… mas se nom gosta, destes tenho outros. Os bien vivants e corruptos que dirigem esse partido nunca tenhem ficado corados com as suas mentiras, ao invés, a este amontoado de mentiras denominam “a política”!
 
A eles somárom-se também sectores procedentes da esquerda, que decidírom ter feito muito pola política… para que esta faga algo por eles e elas!. Quando se perdem os princípios, perde-se a decência e o projecto político converte-se em pretexto para se enriquecer, assumindo a razom de ser da politologia do franquismo: "a roubar!"
 
Quem melhor definiu a situaçom foi o ministro Soltxaga no gabinete de Felipe González. Espanha é um país no que quem nom se enriquece, é porque nom quer. E ele enriqueceu-se, como o figérom González e Aznar. Como figérom os 72 altos cargos do governo vascongado aos quais temos que sobre manter nas suas pensons de ouro ”porque assim o decidírom as nossas instituiçons”, como o figérom todos os ladrons de luva branco. Sim, a democracia neofranquista é o pretexto.
 
A favor da nova andaina tem a Esquerda Abertzale o doloroso cansaço da cidadania. No inquérito do CIS, responde-se claramente que a classe política é o segundo ou terceiro problema para a opiniom pública do Estado espanhol. Apesar da média do regime, que se afunde por falta de subsídios e sobretodo de audiência, a realidade abre passagem aos empurrons. A corrupçom espanhola nom tem freio, os herdeiros do estado criminoso e ladrom dos Reis Católicos continuam fiéis à natureza daquele Estado criado sobre o sangue, o crime e o saque aos povos, a começar polo Povo Trabalhador Castelhano. Mas já só podem saquear a sua própria cidadania, já nom há mais-valia que extrair de outros povos, estám por diante no ranking de potências corsárias que atacam no Iraque e Afeganistám, que todo mundo conhece enquanto afiam seus os machados de guerra contra o Irám e o Paquistám. 

Quando a sociedade capitalista desaba aos pedaços e as guerras imperiais se perpetuam, a política boltxevike de defesa da paz revolucionária merece umha oportunidade. Paz, com expropriaçom dos bens roubados por políticos e banqueiros, proposta institucional para deixar as pensons dos altos cargos corporativos no ajustado à Segurança Social, penalizar as grandes fortunas e acabar com a opressom nacional e social de Euskal Herria, mediante o Democrático Direito de voto em todos os territórios basco, Direito de Autodeterminaçom.

É tempo de dar cabo da tortura e dos cárceres de exterminio para os prisioneiros políticos e famílias. Nom, todas as propostas de paz nom som reaccionárias: a política de paz supujo o nascimento da URSS na primeira Guerra Mundial, a política de paz revolucionária pode trazer o nascimento da República de Euskal Herria. Por enquanto, Aralar e EA já manifestam umha posiçom tendente a procurar acordos políticos com a Esquerda Abertzale. Um novo Euskal Herritarrok está muito próximo nas Vascongadas e Nabarra se as cousas forem bem feitas, de certeza que a maioria sindical basca tem tomado nota desta possibilidade também.

Mas quem melhor conhece este potencial som sem dúvida algumha os estados espanhol e francês e seus sacristáns, o PNV, IU, PSOE e PP. A hora da esquerda Abertzale está a chegar, é tempo de Unidade Antifascista, tempo de denúncia dos massacres do Iraque, Afeganistám, Colômbia e Chechénia, entre outros dolorosos conflitos enquistados. Seguro que a esquerda sociológica basca, a maioria de nossa populaçom, sentiremos a ilusom e o legitimo orgulho de levarmos o nosso povo e os seus sectores populares ao mais alto. À independência e ao socialismo.

Vai a aposta, Ortuzar e Urkullu!… a que o conseguimos?

Fonte: Boltxe Kolektiboa.


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