Sempre fico impressionada pelo progresso que observo a cada vez que visito este país, destacou Chan em coletiva de imprensa.
Esta é minha terceira vez em Cuba, e quero parabenizar a nação pela liderança visionária que teve primeiro Fidel Castro, continuado por Raúl Castro. Os líderes cubanos compreendem a importância da ciência e o avanço médico, não apenas têm visão, mas também compromisso político e recursos financeiros para conseguir que o país avance, afirmou. Explicou que durante dois dias de visita em Havana percorreu centros de pesquisa que se encarregam da produção de equipamentos e dispositivos médicos, e constatou o avanço alcançado em vacinas, medicamentos, meios diagnósticos e produtos terapêuticos para o câncer e outras doenças não transmissíveis.
Destacou que participou junto ao presidente cubano Raúl Castro da inauguração da nova sede do Centro para o Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos (Cecmed), para comemorar o XXV aniversário da instituição e celebrar a contribuição da mesma para a melhoria da saúde da ilha e a ajuda oferecida em outras partes do mundo.
Por outra lado, a diretora geral da OMS falou sobre a situação do ebola na África, onde várias nações registram surtos da doença, com alta taxa de mortalidade (60 a 80% dos atingidos morrem). Informou que a enfermidade se concentra em lugares onde os recursos humanos e a capacidade de resolução são muito frágeis.
Expressou que a OMS desenvolve no continente uma iniciativa com o objetivo de enfrentar a doença.
Também se referiu ao chikunguya, uma doença transmitida por mosquitos, que afeta a região das Américas, mas está presente em outras partes do planeta. Ressaltou a responsabilidade das famílias, que junto aos governos devem enfrentar o vetor para evitar a infecção. É indispensável o enfoque comunitário, sublinhou.
Sobre a mudança climática e sua influência na saúde informou que este será um tema primordial no século 21, em particular nos estados insulares porque se avizinham eventos climatológicos extremos, secas e inundações que afetam a agricultura e o desenvolvimento.
Falou do papel de Cuba na biotecnologia, e sobre a importância de compartilhar conhecimentos e tecnologias. A transferência tecnológica e a colaboração entre os países é indispensável, afirmou.
Destacou a formação de médicos de outros países na ilha, em particular de jovens provenientes dos Estados Unidos. O mundo ainda precisa de milhares de médicos e enfermeiras, e a nação caribenha dá uma contribuição importantíssima neste sentido. Atualmente, profissionais cubanos trabalham em mais de 70 países assegurou Chan.