1. Tenho assinalado que os processos de desnacionalização da economia, de desindustrialização e de desestruturação do Brasil foram desencadeados desde o golpe de Estado de agosto de 1954.
O pensamento e, sobretudo, as posições políticas de Leon Trotsky no período que antecede a Revolução Russa foram, desde muito cedo, objeto de grandes debates e polêmicas.
As deputaçons provinciais voltam estar na tona do debate político no estado espanhol. Nesse acordo de investidura entre PSOE e Ciudadanos (movimentos tácticos trás as eleiçons às cortes espanholas) parece que se chegou ao consenso de que numha futura reforma institucional do estado espanhol, estes aparelhos pertencentes à administraçom local deveriam desaparecer.
A possibilidade de o bilionário ultraconservador Donald Trump ser eleito assusta até os ultraconservadores. Há quem o compare a Hitler ou Mussolini, com alguma razão.
O “ti vai fazendo” é um mantra da contemporaneidade galaica. Tanto vale para uma cousa como para outra, para isto ou para o contrário. É a base filosófica do feísmo estético e funcional da nossa paisagem. Organizar, ordenar, planificar, projectar, isso não presta.
Tudo vai bem com meus textos enquanto não apoio as conquistas progressistas dos governos latino-americanos que se uniram ao sonho do menino que vendia aranha (alusão a um conto de Eduardo Galeano). Tudo vai bem com meus textos enquanto me calo frente às injustiças que sofrem os imigrantes que não têm documentos nos Estados Unidos.
As eleições presidenciais de 2016 têm várias características únicas que desafiam a sabedoria comum acerca das práticas políticas na América do século XXI.
Agarrada à austeridade como palavra mágica para jogar a crise do poder financeiro sobre os trabalhadores e suas famílias, a direita sob o comando externo da Comissão Europeia, agora empenha-se em defender os privilégios dos ricos como se fossem os criadores do desenvolvimento da produção, dos empregos e da independência nacional.
«Eu vi homens duros que se transformavam em bebés... enrolados nas suas camas, em posição fetal, e nunca mais diziam uma palavra; alguns não conseguiam parar de falar, mas diziam coisas sem sentido; outros gritavam o dia inteiro; houve muitos que se conseguiram suicidar; mas eles não nos querem mortos, é por isso que nos enterram vivos». É assim que Albert Woodfox descreve os 43 anos que passou em regime de solitária, numa cela de 2,7 metros por 1,8.
O termo “nação” teve vários diferentes significados no decorrer dos séculos. Mas atualmente, mais ou menos desde a Revolução Francesa, a expressão tem sido ligada ao Estado, como em “Estado-nação”. Nesse sentido, “nação” refere-se àqueles que são membros por direito da comunidade que está localizada dentro de um Estado.
Em face da agressão da civilização ao meio ambiente, percebida de diferentes maneiras, desde o esgotamento de alguns dos principais serviços ecossistêmicos à extinção de variadas espécies da fauna e flora; da poluição dos centros urbanos industrializados que contamina a água, o ar e o solo ao desflorestamento em escala cada vez maior; da destruição da camada de ozônio (quanto mais fina essa camada, maior a incidência de raios ultravioletas na superfície da Terra e em todos os organismos vivos) ao aquecimento global, já não é mais aceitável procrastinar a imprescindível ruptura com o modelo econômico dominante.
Alguns meses atrás, o empresário e pré-candidato Republicano à presidência dos EUA Donald Trump foi carinhosamente comparado a um sujeito que defeca barulhentamente no canto de uma sala durante um respeitável coquetel formal.
Ao contrário de “zika”, “piriproxifeno” é uma palavra difícil de escrever e quase impossível de pronunciar. Seria por isso que grande imprensa e autoridades a vêm ignorando, mesmo que possa estar relacionada ao recente surto de microcefalia no País?
Por culpa de Chávez e de sua necessidade de reviver uma Revolução Bolivariana que só vivia nas nostalgias dos avós, na burla dos traidores e nas canções dos trovadores, nasce uma nova revolução; oxigenada, com novos brios, com incontáveis anseios, que parecia impossível e estéril, considerando-se o incisivo ataque imperialista no continente.
Entretanto, assim como Gore, cujo ativismo ecológico imporia limites crescentes ao voraz capitalismo americano, mas que, por isso mesmo, foi deposto peremptoriamente de sua vitória, não estará Sanders outrossim condenado à derrota, ainda que angarie a maioria dos votos populares, uma vez que seus ativismo político-econômico de espectro socialista ameaça com análoga intensidade as ambições capitalistas? Não nos esqueçamos de que Sanders, em 1981 quando eleito prefeito de Burlington, cidade do pequeno Estado de Vermont, foi chamado pelos jornais de “O primeiro prefeito socialista da América”.
Seja em 1981, seja em 2016, Sanders não faz questão alguma de se descolar desse rótulo socialista, muito embora sua plataforma seja tipicamente social-democrata. Além do mais, atualmente dividindo palanques com figuras como Donald Trump e Hillary Clinton, Sanders surfa na sua fama socialista a ponto de fazer as vezes de o Robin Hood norte-americano. No entanto, essa poderosa e revolucionária característica pode ser o seu maior calcanhar de Aquiles. Afinal, em se tratando da presidência da maior potência econômica do planeta, nada que seja verdadeiramente inconveniente aos ditames do capital, como por exemplo a frase de Sanders na sua vitória na primária de New Hampshire, qual seja, “o governo pertence ao povo, não a um punhado de bilionários”, é conveniente, a não ser em forma de utopia.
Porém, como os votos dos americanos a Gore em 2000 e as intenções de voto à Sanders em 2016 deixam bem claro, utopias são fundamentais! Embora o significado comezinho de utopia aponte para fantasia, devaneio, ilusão -o que não lhe atribui potencial revolucionário algum-, desde o século XVI, quando Thomas Moore juntou os termos gregos “Ou” (não) e “Topos” (lugar), utopia passou a dizer “em lugar nenhum”. Por isso, o que é utópico não é necessariamente inexistente, fantasioso, ilusório, mas pode ser também algo real, factível, que, entretanto, só não encontrou ainda lugar para ser. A utopia ecológica de Gore, infelizmente, não deixou de ser uma ilusão até hoje, como a marcha da destruição da natureza deixa bem claro. Já a utopia socialista de Sanders ainda é fiel à definição de Moore, e, quem sabe, pode encontrar lugar no mundo. Aliás, já não está encontrando?
Ora, se o real da política norte-americana –mas não só o dela- é o lugar de doações empresariais milionárias às campanhas políticas, a recusa à essa vil fonte atuada por Sanders, que só aceita doações de cidadãos, e no valor máximo de US$ 3, outra coisa não é que uma utopia que encontrou lugar para existir. Outras propostas de Sanders, que a princípio soam utópicas, mas que, oxalá, podem encontrar lugar na realidade, são: resgatar a democracia das mãos dos milionárias e lobistas; aumentar impostos para os mais ricos; fazer Wall Street bancar o ensino gratuito nas universidades públicas; quebrar os grandes bancos em instituições menores; criar imposto à especulação financeira; instituir um sistema público universal e gratuito de saúde; legalizar imigrantes; combater o preconceito e a discriminação às mulheres, aos negros e às pessoas LGBT; só para citar algumas ideias que, para o $istema, é melhor que sejam utopias no sentido corriqueiro do termo.
Entretanto, ainda que a utopia de Sanders pareça um devaneio, é exatamente ela que a população americana mais está querendo que encontre lugar de existência. Nessa onda utópica, Sanders catalisa como nenhum outro candidato a insatisfação popular, dando novo fôlego à velha luta pelos direitos civis que brilhou nos anos 1960, mas que hoje está tão ofuscada, obesa e sedentária quanto o capitalismo precisa que ela esteja. Para animar essa apatia cética, Sanders tenta fazer um novo movimento de massa com o povo americano para produzir uma revolução política que dê cabo da $órdida $ituação que $itua centralmente os interesses capitalistas e que $itia perifericamente os interesses populares.
Agora, não deverá nos surpreender se Sanders tiver a maioria dos votos populares e ainda assim não assumir a presidência dos EUA, uma vez que, como Gore exemplifica melhor que ninguém, a escolha do presidente dos Estados Unidos, na verdade, se dá nas secretas reuniões dos colegiados eleitorais americanos, que outra coisa não devem ser que “lounges” absolutamente gentrificados nos quais petrolíferas e bancos privados decidem verticalmente o que e quem é mais conveniente para eles. Assim como ativismo ecológico de Gore não era conveniente para os peixe$ grande$ de 2000, o ativismo social de Sanders não deve ser menos inconveniente para os lobo$ voraze$ de 2016. Há 16 anos, a virtude ecológica de Gore “foi deposta” pelo vício bélico-imperialista de Bush filho, o idiota. E hoje, a virtude socialista de Sanders sucumbirá diante do vício xenófobo-liberal de Trump, o palhaço?
Foi porque Al Gore tinha em mãos a mais pura verdade –a necessidade da preservação da natureza a despeito dos interesses econômicos- que ele foi considerado absolutamente inconveniente pelo $istema de há década e meia. O fato de não ter sido empossado apesar da maioria de votos populares é a prova cabal e antiecológica disso. Sanders, por sua vez, e a sua popularíssima verdade social-democrata, são outrossim inconvenientes ao $istema, cuja sordidez nos leva a crer inclusive que se o atual Robin Hood americano findar realmente com a faixa presidencial no peito, é porque ele não é tão verdadeiro nem tão Robin Hood assim. Se Bernie Sanders, em troca, findar como Gore, isto é, nas próprias palavras de Gore, como o “ex-futuro presidente dos Estados Unidos da América”, então teremos certeza de que ele “era” absolutamente verdadeiro e conveniente.
Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.
Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759
Desenhado por Eledian Technology
Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.
Clique em uma das opções abaixo.