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080211_zambezeMoçambique - Jornal de Notícias - Um grupo significativo de famílias está a abandonar, aflito, as áreas de risco de inundações no baixo Zambeze, receando a ocorrência de cheias, uma vez que os níveis, nos últimos dias, tendem a subir.


As autoridades dos distritos de Mutarara, em Tete; Tambara, em Manica; e Chemba, Caia e Marromeu, na província de Sofala, apontam que o movimento está a ser feito de forma voluntária e sob acompanhamento das entidades que estão a sensibilizar as pessoas a acatarem aos apelos.

 

A mobilização nesse sentido tem sido incentivada pelas estruturas comunitárias que de tempo em tempo têm emitido informações sobre a evolução dos níveis das principais bacias da região.

As informações emitidas ontem pela Administração de Águas do Zambeze (ARA-ZAMBEZE) indicam que a situação hidrológica actual daquela bacia é caracterizada por níveis de água relativamente altos e acima do alerta em todo o curso principal do Zambeze. As subidas devem-se, fundamentalmente, às descargas em curso na barragem de Cahora Bassa e a contribuições dos principais tributários.

Em Caia, conforme a explicação das estruturas locais, as populações estão a abandonar as ilhas porque as águas do Zambeze estão a invadir as suas áreas. A maioria tem talhões demarcados nas zonas de reassentamento.

De Mutarara as informações que nos foram prestadas ontem indiciavam igualmente certa preocupação. As águas estão a inundar as casas que se situam nas zonas baixas.

Nesta ronda ficou por apurar os dados de Tambara, Marromeu, nas províncias de Manica e Sofala, respectivamente. Na bacia do Save, o nível está a baixar lentamente em Massangena. A ARA-Centro afirma que na bacia do rio Búzi o nível do rio Lucite, em Dombe, também está a reduzir, apesar de estar acima do alerta, 5,50 metros. No Púngue, o nível em Mafambisse continua acima do alerta de 6,00 metros, mas com tendência de baixar lentamente.

Por seu turno, as bacias do Maputo, em Madubula, e Limpopo, em Combomune, continuam com níveis hidrométricos acima do alerta, com tendência de baixar. As restantes bacias hidrográficas do país registam oscilações dos níveis hidrométricos e mantêm-se abaixo do alerta.

Todas as principais albufeiras registam um aumento nos volumes de armazenamento de água, com excepção dos Pequenos Libombos.

As barragens de Cahora Bassa e Massingir mantêm as descargas de caudal de 6300 metros cúbicos por segundo e 150, respectivamente.

Devido ao incremento do escoamento gerado a partir dos países a montante, prevê-se que a bacia do Zambeze continue a registar níveis acima do alerta, com tendência de subir em Mutarara, Caia e Marromeu, enquanto que em Zumbo e Tete a tendência será de estabilizar.


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