Foto: Diosdado Cabello (à esquerda) e Nicolás Maduro (à direita) durante o III Congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
A pesquisa também apontou que 80% dos venezuelanos disseram ser a favor de que o Estado estabeleça as regras econômicas claras para guiar as empresas privadas, sendo que 56% acham que quem impulsiona a economia é o estado, não a iniciativa privada.
Maioria da população rechaça privatizações
74% dos venezuelanos discordam em privatizar a PDVSA – gigante estatal do petróleo, 71% o serviço de eletricidade e 68% a CANTV - Companhia Nacional de Telecomunicações.
Os venezuelanos também estão de acordo que ocorra união entre o estado e o setor privado para recuperar a economia do país. Nove em cada 10 entrevistados defendem uma aliança entre o governo e as empresas privadas.
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Outros dados
- 95% aprovam o aumento dos preços de produtos agrícolas para que seja rentável produzi-los;
- 75% é contra eliminar o controle de dólares para viagens ao exterior;
- 67% estão de acordo com o aumento do preço da gasolina;
- 60 % querem que o governo defina o preço máximo na venda dos produtos.
Modelo dependente da renda petroleira se esgotou
Um novo modelo econômico produtivo é a proposta que tem defendido o governo socialista, liderado por Nicolás Maduro, depois, principalmente, que o preço do barril do petróleo no mercado internacional despencou e chegou a ficar abaixo dos 30 dólares. Atualmente a economia da Venezuela é quase 100% dependente da commodity.
Além da guerra econômica, da inflação na casa dos 100% e da queda elevada do Produto Interno Venezuelano (PIB) no último ano, a vitória hegemônica da direita na Assembleia Nacional (parlamento), estabeleceu um elo entre a já existente crise econômica e a nascente crise política.
Maduro anunciou, no último dia 15, um decreto como forma de dar uma resposta à situação econômica e financeira do país. Esta situação tem a duração de 60 dias, com possibilidade de ser prorrogado por mais dois meses. O decreto que foi apresentado e rejeitado na Assembleia Nacional e declarado constitucional pelo Tribunal Supremo de Justiça agora está sendo discutido junto às assembleias populares.
Com informações da TeleSUR e do site Opera Mundi.