A ação iniciou-se pelas 15:45 e as duas peças mantiveram-se expostas para as ribeiras de Porto e Vila Nova de Gaia durante cerca de 15 minutos.
Mais tarde, a Polícia de Segurança Pública (PSP) revelou terem sido identificadas três pessoas quando tentavam colocar as duas faixas na ponte.
Entretanto, na praça da Ribeira, no Porto, um grupo de cerca de 20 pessoas distribuía folhetos em protesto contra o bombardeamento da Força Aérea Israelita sobre o território palestiniano, que já causou, pelo menos, 126 mortos desde o início da operação esta semana.
“Desde dia 08 de julho, a Faixa de Gaza, um território de 365 quilómetros quadrados onde vivem cerca de 1,7 milhões de palestinianos encarcerados e encurralados, submetidos a um bloqueio desde 2007, está novamente sob o ataque de um dos maiores, mais modernos e poderosos exércitos mundiais”, pode ler-se no panfleto distribuído.
Em declarações à Lusa, Ângelo Costa disse marcar presença na concentração para mostrar a sua solidariedade: “Visto que não podemos muito mais, é uma espécie de um sentimento de impotência, mas estamos aqui a dar o nosso melhor”.
“Temos pessoas que estão hoje com a minha idade [20 anos], que nutrem uma espécie de ódio entre eles e que não se justifica porque o conflito já começou há muitos anos, antes sequer de eles terem nascido”, referiu Ângelo Costa.
Por seu lado, Ana da Palma criticou os “media dominantes que acabam por tratar este assunto de uma forma leviana” e frisou o “espírito de solidariedade com as pessoas que estão a sofrer em Gaza”.
Ana da Palma recordou que tem havido várias ações de solidariedade na Europa e que, na próxima segunda-feira, vai realizar-se uma “manifestação em defesa da Palestina” no Rossio, em Lisboa.
“É completamente de loucos quando nos dizem que ninguém se manifesta e todos somos indiferentes, é mentira”, disse a ativista.
A operação israelita sobre a Faixa de Gaza entrou hoje no quinto dia, tendo já sido atingidos pelos bombardeamentos 1.100 locais naquele território, segundo o jornal israelita Haaretz, incluindo mesquitas e vários outros edifícios públicos. (LUSA)