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366px Maduro en 2015Venezuela - Diário Liberdade - [Edu Montesanti] Apenas a grande mídia internacional (dizia que) acreditava nas boas-intenções da direita venezuelana, e junto a opinião pública por ela formada – pejorativamente chamada de Homer Simpson (sujeito preguiçoso intelectualmente) pelo jornalista William Bonner, âncora do Jornal Nacional da TV Globo, mais poderosa do Brasil.


Foto de The Photographer (CC BY-SA 4.0)

Menos de um mês após as eleições parlamentares de 6 de dezembro (com direito a compra de votos e coação denunciadas), a oposição ao governo bolivariano do presidente Nicolás Maduro repete o velho filme (vendido ao inverso pelo oligopólio midiático) que qualquer um que acompanha o processo democrático venezuelano está farto de assistir.

A autodenominada Mesa da Unidade Democrática (MUD), decidiu unilateralmente que a votação para o presidente da Assembleia Nacional será secreta, o que fere a Constituição, e que o principal ponto de sua agenda para o primeiro semestre deste ano é a cassação do mandato presidencial, seja pela via constitucional que prevê a possibilidade de referendo, ou através de golpe de Estado parlamentar, contrariando as promessas de campanha eleitoral.

Campanha por derrubada de Maduro na ‘mídia amordaçada’

Neste dia 3 na rede de TV privada Globovisión, a mesma que liderou a promoção do fracassado golpe contra Hugo Chávez em 2002, no programa Vladimir a la 1 dirigido pelo jornalista Vladimir Villegas, o deputado oposicionista Henry Ramos Allup da MUD garantiu que o mandato do presidente Maduro não chegaria ao término.

Dias antes, em 29 de dezembro em uma entrevista para o programa Primera Página do mesmo canal, o deputado Allup havia reiterado “o compromisso de todos os deputados da oposição em procurar a derrubada ou a renúncia do presidente venezuelano”.

Antes disso, no dia 27 de dezembro, o jornalista Ramos Allup já havia escrito em sua coluna no jornal El Nuevo País que a MUD está determinada a promover uma troca de governo nos próximos seis meses.

Tudo isso, para que se tenha ideia da intensidade da “terrível ditadura” do governo bolivariano que, segundo a oposição e os grandes meios de comunicação, venezuelanos e internacionais, “impede a liberdade de expressão”.

Vale ainda recordar que ficou comprovado o financiamento direto do governo de George Bush ao golpe relâmpago contra Chávez em 2002, para o qual a Globovisión desempenhou papel tão crucial quanto sujo: 19 pessoas morreram e quase foi interrompido o mais florescente processo democrático do mundo (reportagem do jornal britânico The Guardian sobre a guerra suja de Bush na Venezuela, aqui e documentárioaqui). Pois a Globovisión segue no ar, e com a mesma essência.

Até o condenado e detido Leopoldo López pela morte de 43 pessoas no primeiro semestre de 2014, tem emitido carta e concedido entrevista conclamando um golpe contra o presidente Maduro.

‘Propostas’ de campanha na lata do lixo

Durante a campanha para as eleições parlamentares de 6 de dezembro, as promessas da MUD eram solucionar os problemas econômicos e de desabastecimento (fruto da guerra econômica provocada por fatores internos e externos), o que valeu o slogan “A Última Fila”. Mais que tudo, jamais divulgado pela mídia internacional: manter e ampliar os programas sociais impulsionados pela Revolução Bolivariana – no caso dessas duas promessas, sem jamais precisar como alcançaria tais objetivos.

Outros projetos da vazia e agressiva campanha oposicionista eram a liberdade de Leopoldo López e de todos os responsáveis pelas “guarimbas”, o retorno de foragidos da Justiça venezuelana que estão fora do país, e rever os acordos de cooperação com outros países da América Latina.

- Homer, eu?! - Sim???

Pois assim como a compra e coação de votos não foi noticiado internacionalmente, nem sequer em notinhas de pé de página dos jornais, as atuais tentativas de golpe por parte da MUD (nada novas) não serão noticiadas pelos “jornalistas” que fazem muito mais as vezes de publicitários e até de artistas como William Bonner – e que, por trás das câmeras, morrem de rir de uma multidão enganada dia após dia em nome dos privilégios do poder.

Neste caso, certamente a grande mídia não se mostrará nada preocupada com a democracia na Venezuela.

Pior que fazer papel de Homer diante desses propagandistas que o ex-presidente Lula qualificou de covardes (na cara deles), é desempenhar tal papel e ter consciência disso.

E ainda pior que se prestar à lavagem cerebral e estar a par disso, é entrar em crise e sair de crise testemunhando sempre que os gozadores desses privilégios, as classes mais abastadas, não sofrem com elas. É sempre o Homer de Bonner...

Esse sistema injusto, Hugo Chávez propôs-se a combater continuado fielmente por, seu sucessor, Nicolás Maduro Moros, escolhido a dedo pelo antecessor. Daí o ódio mortal dos donos do poder e de seus porta-vozes mesquinhos da mídia pela Revolução Bolivariana, disfarçado de desprezo.

Cante, cante, companheiro!

Fazendo as vezes de Luther King, sonhamos que algum dia as multidões deixem a preguiça intelectual, sintam-se constrangidas por serem facilmente manipuladas, por catarem as migalhas caídas lá do alto da baixeza mesquinha, e encarem a realidade dos fatos por mais incômodo que isso seja ao maldito status quo.

Um outro mundo é possível, para cuja concretização a batalha das informações desempenha papel crucial – e os podres poderes têm plena consciência de ambos, do papel da informação em meio à sociedade, e da possibilidade do outro mundo sobre a qual se amedrontam profundamente, certamente nesta era da informação global, em tempo real.

A Venezuela representa, dentro desta perspectiva, marco na história global e grande esperança para a humanidade por tudo o que tem sido noticiado aqui, com base na verdade dos fatos, clarividentes por si só.


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