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b_450_0_16777215_00_archivos_imagenes_articulos_mauri2_10_160210_afeganistam.png Vermelho - O presidente afegão, Hamid Karzai, reclamou neste domingo que que pelo menos doze civis foram assassinados na explosão de um míssil sobre uma casa durante a ofensiva lançada contra a resistência talibã no sul do Afeganistão. 


Depois dessa reclamação e das denúncias de cidadãos, o Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) admitiu que dois foguetes "se desviaram de seu alvo original" e atingiram residências civis.

O massacre ocorreu na província de Helmand, no sul do país, onde as tropas de ocupação conduzem uma ofensiva para tentar tomar o controle da região das mãos da resistência talibã.

Em nota, o comando dos ocupantes disse que os projéteis foram lançados de um lança-mísseis. O alvo era uma posição dos resistentes que oferecia obstáculo considerável, "com fogo preciso e direto" ao avanço das tropas de ocupação.

"Expressamos nossos mais sentidos pêsames e garantimos que faremos tudo o que pudermos para evitar futuros incidentes", acrescentou o general americano Stanley McChrystal, em uma desculpa, provavelmente já registrada em cartório, que vem se repetindo desde que os EUA invadiram o Afeganistão, em outubro de 2001.

O Palácio Presidencial, em um comunicado, não especificou quem lançou os projéteis, mas desmentiu a Otan, afirmando que os foguetes atingiram o distrito de Marjah, e não o de Nad Ali, como alega o comando da ocupação.

A província de Helmand é considerada um "bastião" da resistência talibã e tem sido alvo de uma intensa campanha militar ao longo dos últimos anos. No entanto, diante da incapacidade de controlar a situação nesta e em outras regiões do país, as chefias militares pediram um aumento de tropas, para o qual os Estados Unidos contribuíram com 30.000 soldados e os restantes países do pacto do Atlântico norte com 7.000.

É com o auxílio de muitos destes reforços que a Otan tenta agora controlar o sul do Afeganistão. Marjah, com cerca de 80.000 habitantes, é uma das cidades livres do país e é vista como um centro operacional estratégico para os talibãs. Os ocupantes alardeiam que nela estão sediados 2.000 guerrilheiros.

O que é novo na tática da Otan é a forma como o ataque vem sendo divulgado nas mídias. Segundo o general Stanley McCrystal é "uma forma de permitir aos habitantes pensarem o que querem fazer" antes de serem atingidos por uma ofensiva militar brutal que mobiliza 15.000 soldados.

Leia na legenda da telinha: aqueles que não fugirem a tempo serão considerados terroristas e alvos a abater.

Nos meios relacionados à guerra a excitação é grande. Acadêmicos, especialistas e analistas acompanham com entusiasmo as movimentações de tropas, falam da possibilidade de "selar" a área para conduzir a ofensiva e invocam a "preciosa experiência" de assassinar civis adquirida pelos Marines no massacre de Faluja, cidade destruída pelos americanos no Iraque em 2004.


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