A mostra ficará aberta no Palácio dos Torcedores (San Miguel e Marqués González, Centro de Havana) às 16:00 horas (local) e consta de 30 quadros nos quais emprega técnicas contemporâneas, suporte simples mas esteticamente viáveis e formas e cores moderadas para a descrição, declarou Fundora à Prensa Latina.
Intitulada "Fidel: vida em Revolução", a exposição expressa minha visão plástica e minha sensibilidade político-artística "ante a colossal dimensão humana, intelectual, política e ideológica do dirigente e teórico revolucionário", acrescentou o artista (1972), conhecido como O camponês que pinta.
Segundo explicou, as imagens revelam, mediante recursos como o acrílico sobre papel e várias telas, minha interpretação pessoal sobre o rosto, o corpo e a personalidade integral de Fidel, com seus inseparáveis atributos de cada etapa de sua vida.
"A linha que emprego agora nestes quadros sobre o Comandante em Chefe é um pouco mais contemporânea e mais impressionista que a utilizada em outras peças, como as que integram a série Camponeses de minha terra, iniciada anos atrás e ainda vigente", comentou.
O curador da exposição e crítico Jorge Rivas Rodríguez, por sua vez, escreveu em suas palavras introdutórias da mostra que os quadros de Fundora "recriam diferentes momentos da vida do Herói de Moncada, do Granma e da Sierra, também de origem camponesa, nascido em Birán em 13 de agosto de 1926".
São originais expressões pictóricas, sublinha o crítico, nas quais desponta o estilo característico deste artista autodidata, que se destaca pela produção de peças com cenas cujos protagonistas "agricultores, o campo e a vida rural" transcendem representações, cores e hábeis soluções técnicas.
"Trabalhos que ressaltam inevitáveis signos naif com influência apreendida da academia, bem como de suas pesquisas sobre a obra de reconhecidos mestres das artes plásticas da ilha, aponta Rivas.
De acordo com a visão do curador, sob tais preceitos, Fundora "aproxima-nos de seu imaginário estético sobre Fidel, percurso iconográfico desde a juventude até o presente da brava figura, líder dos operários e dos camponeses".
O autor acumula 60 exposições pessoais e coletivas, uma delas permanente na sede da FAO em Cuba, e dedicou quadros a dirigentes internacionais como o falecido líder venezuelano Hugo Chávez, e nacionais como o presidente Raúl Castro.
Foto: María del Carmen Ramón / Cubahora