O novo diretor da Real Academia Espanhola, José Manuel Blecua, afirmou ser favorável à imersão linguística nas outras línguas do estado espanhol, a fim de lograr a sobrevivência destes idiomas face à pressão do castelhano.
Em declarações que recolheram diferentes meios de comunicação, Blecua supreendeu com um discurso menos fanático e totalitário que precedentes seus. O novo responsável da RAE, que leva 50 anos a morar na Catalunha, reconheceu não ter «o mais mínimo problema», e sentenciou que «o catalão deve sobreviver. Não se trata de viver, mas sobreviver, e a imersão linguística é das poucas cousas que lho permitem fazer».
Continuando com o caso catalão, mas extensível ao resto de línguas do estado, Blecua afirmou que «por desgraça, pode-se passear polas ruas e ver um jornal em catalão e dúzias em castelhano. Entramos na internet e acontece o mesmo: há mais de mil jornais em espanhol». Noutras palavras, «a pressão é muito grande». Ainda, defendeu o modelo normalizador, muito critidado polos setores mais extremistas do espanholismo.