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baArgentina - Esquerda Diário - Passadas as 15h, terminou o ato convocado pela ATE na Praça de Maio. Cerca de 25 mil pessoas participaram do mesmo.


Os trabalhadores do funcionalismo foram acompanhados pelos professores e outros sindicatos, movimento sociais e partidos de esquerda.

A jornada de luta convocada pela ATE (Associação dos Trabalhadores do Estado, nota da tradutora), onde participaram diversas organizações sindicais, sociais e políticas, se encerrou nesta tarde em um ato na Praça de Maio.

Apesar do calor, a convocatória se aproximava de 25 mil pessoas. Além da ATE, com suas comissões internas e de seus agrupamentos internos, como o Verde, Verde e Branca, a Marrom Classista entre outras, participaram importantes colunas de professores, não apenas das direções oficiais do CTERA e SUTEBA, mas também das seções e agrupações opositoras. Trabalhadores do óleo, aeronáuticos, auxiliares da educação, municipais e da saúde, foram parte da mobilização.

Além desses estiveram presentes comissões internas combativas opositoras à direção nacional da ATE, assim como partidos de esquerda como os integrantes da Frente de Esquerda PTS, PO e IS, assim como o MAS, CCC, MST, entre outros. O sindicalismo combativo e a esquerda haviam chegado à jornada com críticas à demora das direções sindicais em convocar medidas de força contundentes, e exigindo a continuidade com um plano nacional de luta por todas as reivindicações dos trabalhadores.
O ato

No ato tiveram a palavra os principais dirigentes da ATE e de alguns sindicatos atrelados à CTA. Alguns deles atrelados à Chapa Verde (CTA Autônoma), e outros à Chapa Verde e Branca (CTA dos Trabalhadores).

O ato foi aberto por Hugo “Cachorro” Godoy. O dirigente da ATE Nacional denunciou que “hoje somos 95 mil estatais precarizados na administração pública nacional, 600 mil nas províncias e municípios”, responsabilizando a situação à gestão kirchnerista. Mais tarde criticou a “reforma do Estado que traz Macri”.

Nesse momento se notaram algumas diferenças entre as direções que haviam se comprometido com a mobilização e o ato comum, com cantos entre as agrupações alinhadas ao kirchnerismo e as alinhadas com a Chapa Verde.

Godoy agradeceu às organizações que haviam se solidarizado com a jornada de luta, e afirmou que as principais reivindicações eram a reincorporação dos demitidos e as paritárias livres. “Para isso, é importante a unidade”.

Em seguida, foi a vez de Daniel Catalano, Secretario Geral da ATE Capital. O representante da Chapa Verde e Branca destacou “o reflexo das organizações que hoje decidiram nos acompanhar”.

Catalano apontou a responsabilidade de Macri na situação do funcionalismo público. “Em 3 meses quer nos colocar de joelhos, com medidas anti-populares”, assinalou. Além de exigir “nenhum demitido e paritárias livres”, criticou a repressão que haviam sofrido os trabalhadores de Cresta Roja e a banda do Bajo Flores. “Rechaçamos o protocolo contra o protesto, não vai funcionar”. Finalmente leu uma carta da ativista Milagro Sala, que permanece há 40 dias presa em Jujuy.

Logo após falaram dirigentes da CTA de diversos sindicatos, entre eles judiciários e médicos.

Desde um setor da Praça, alguns cantavam “onde está/que não se vê/essa famosa CGT”.

As bandeiras das distintas dependências estatais, muitas com importante concorrência, se mesclavam com os cartazes que denunciavam o que os demitidos estavam sofrendo.

O encerramento do ato estaria a cargo, novamente, de dois representantes das distintas correntes da CTA. Roberto Baradel destacaria a “unidade” de ambos setores na mobilização. Além disso se referiu à negociação da paritária docente, que se encontra em uma nova crise.

Em seguida falou Oscar De Isasi. O atual Secretário Geral da ATE Província criticou “a engenharia da divisão e do desespero” que havia procurado reduzir a convocatória da paralisação e da mobilização. Criticou também a política que a nova gestão de Cambiemos está levando adiante, tanto na Província como na Nação.

De Isasi destacou a unidade que havia conseguido entre os distintos agrupamentos do sindicato. Finalmente, no que chamou de a “necessidade de dar continuidade ao plano de ação”, propôs que o próximo passo seja a participação dos funcionários públicos de Buenos Aires na paralisação e mobilização de segunda, 29. A medida já estava prevista pelos auxiliares da educação, e confluiria com outros trabalhadores e trabalhadoras da educação.

Às 15 horas finalizava na Praça de Maio uma mobilização massiva, que havia contado com a participação e simpatia de milhares de trabalhadores do funcionalismo público em todo o país.

A esquerda com Nicolás Del Caño, Myriam Bregman e Christian Castillo e o sindicalismo combativo com a Agrupação Marrom Classista da ATE-CTA, também haviam sido protagonistas da jornada. Apesar de como vinha anunciando a direção da ATE Nacional, de que não realizariam piquetes, desde cedo a esquerda, aderindo às ações contra as demissões massivas e o rechaço ao protocolo repressivo de Bullrich, cortaram a Callao e a Corrientes, importante cruzamento de duas grandes avenidas de Buenos Aires.

Uma ação que abria uma jornada de luta e mobilização dando fôlego aos milhares de funcionários públicos que deverão seguir lutando pela reincorporação de todos os demitidos. Portanto, com suas próprias bandeiras e representantes, foram parte destacada da mobilização unitária. Lá insistiram que a importante jornada devia dar lugar a um plano de luta nacional e unificado junto aos professores e a outros sindicatos.

Foto: ATE


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