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xiangrui huang fkr 0Portugal - Esquerda - A entrada do grupo chinês HNA no negócio da privatização da TAP fez emergir a figura de Diogo Lacerda Machado, administrador da Geocapital, empresa do multimilionário macaense Stanley Ho.


Diogo Lacerda Machado, que foi secretário de Estado da Justiça no segundo governo de António Guterres (1999), é ainda o intermediário do governo do PS nas negociações com vista a encontrar uma solução para os lesados do BES.

Refira-se que Lacerda Machado, foi membro do conselho de administração da TAP Manutenção e Engenharia Brasil,entre 2006 e 2007, depois da Geocapital ter constituído uma parceria com a TAP para a compra desta empresa, em 2005, que teve sempre prejuízos elevados.

Além destes cargos, Lacerda Machado preside ainda à Comissão de Remunerações da Reditus, liderada por Miguel Paes do Amaral que se candidatou à privatização da TAP mas que foi excluído porque a sua proposta não cumpria os requisitos mínimos legais exigidos, e administrador não-executivo do Moza Banco, do Banco da África Ocidental e da Caixa Económica de Cabo VerdeFoi ainda membro do Conselho Geral e de Supervisão da EDP desde 30 de Junho de 2006, tendo sido reeleito em 15 de Abril de 2009.

As pontes entre o Oriente e o Ocidente

Independentemente do facto de o negócio da TAP continuar a ser acompanhado do ponto de vista jurídico pela sociedade de advogados Vieira de Almeida, contratada pela Parpública e que continuará a prestar serviços a esta sociedade gestora de participações sociais de capitais exclusivamente públicos, a verdade é que a chamada de Lacerda Machado para negociar com o consórcio Atlantic Gateway a reversão parcial da privatização da TAP poderá estar relacionada com as suas ligações a Ho e também a Ambrose So igualmente administrador da Geocapital e membro e vogal do Comité de Relações Internacionais do Conselho Consultivo do Povo Chinês.

Num breve análise deste processo e de acordo com a investigação feita no livro Privataria da autoria de Jorge Costa e Mariana Mortágua (edições Bertrand, 2015) pode ler-se que dois anos antes de a TAP comprar a Portugália por 140 milhões de euros (2007), "o governo de Sócrates tinha comprado duas unidades no Brasil, a Varig Log e a VEM ( Varig Engenharia e Manutenção), que vieram ambas de um plano de recuperação da operadora brasileira Varig o que à data estava profundamente endividada”.

“Com vista à recuperação da Varig, a TAP apresentou, em associação com Stanley Ho, uma proposta de compra de duas empresas por 61 milhões, aprovada à última hora, no dia em que a Varig acabaria por perder 40 aviões para os seus credores”, refere o livro.

“A compra de 90 por cento da VEM foi feita através da empresa Aero Lb que, era detida pela Reaching Force (15 por cento da TAP e 85 por cento de Stanley Ho). Em 2007, a TAP acaba por adquirir os 85 por cento pertencentes a Ho ficando assim com a totalidade da Reaching Force. Em paralelo, converte 15 milhões de empréstimos seus em capital da empresa, acrescido de uma injeção direta de 24 milhões de euros. Com a compra, a TAP passou a assumir o passivo da VEM, onde se incluia um dívida avultada ao governo do Brasil”, lê-se ainda no livro.

“A totalidade do preço pago pela TAP na compra da VEM não é claro, assim como não o é o montante encaixado pela Geocapital de Stanley Ho”, sublinham os autores de Privataria.

Nota:

O Grupo HNA, faz a gestão de 13 aeroportos na China e no ano passado comprou por 2,5 milhões de euros a Swissport, maior empresa de logística de carga aérea do mundo. Iniciou a sua atividade com transportadora área em 1993 e tem uma frota de 820 aviões servindo cerca de 700 rotas e 77,7 milhões de passageiros. Detém ainda uma rede de 200 agências de viagens, 1100 carros de aluguer e 450 hotéis. Opera ainda no setor imobiliário e naval possuindo 50 navios cargueiros e um fundo industrial de 1,6 mil milhões de euros.


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