Foto de Gonzalo G. Useta (CC by-nc-nd/2.0/)
Sobre o vício, a dependência
Drogas, pessoas, hábitos, rotinas, etc. A cada dia mais perdemos nossa autonomia, estamos atrofiando diante da tecnologia e como consequência ficando alheias a tragédia que é o mundo. A falta de autonomia nos torna, pessoas indefesas frente a qualquer situação.
A dependência é o reflexo claro da falta de auto-controle (autotirania), que temos diante nosso corpo, pensamento, sentimento. O resultado disso são meras manequins marcadas que o homem branco europeu manipula e envenena, por meio de doenças, pela comida, pelos remédios, paraísos artificiais, etc. Se render a isso é legitimar a degradação que querem impor aos nossos corpos e mentes.
A plastificação não tem cor, credo ou classe. Tanto pessoas de alguma contracultura como a classe dominante, estão sujeitas à isso.
A necessidade de paraísos artificiais e de relações de plástico funcionando como válvulas de escape foi estimulada a partir do momento que fomos todxs obrigadxs a viver o modo de vida moderno europeu, o qual nos impõe a tristeza, a frustação, o cansaço, a depressão, etc.
Como classe oprimida devemos resistir a essas superficialidades que nos acomodaram. Que estimulam a objetificação das mulheres e dos animais esvaziando e tornando-as objetos de consumo. Essa objetificação vem carregada ao ódio fascista, que nada mais quer que o fim das relações entre as pessoas para que sirvam mansamente ao sistema que as aniquila.
E como esse processo invisível é habitual e rotineiro, o objeto final – o de consumo- está disponível por toda a parte, e isso tudo pois corresponde à visão da cultura dominante. Que preza a produção da masculinidade no homem viril, aquele que é caçador e que tem o poder de controlas outros corpos.