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160416 soriaEstado espanhol - Vermelho - O ministro espanhol de Indústria, Energia e Turismo em funções, José Manuel Soria, apresentou hoje sua renúncia depois de ser relacionado a empresas em paraísos fiscais nos chamados Panama Papers.


Em um comunicado, Soria anunciou esta decisão amparando na "falta de informação precisa sobre fatos que ocorreram há mais de 20 anos e considerando o dano evidente que esta situação causou ao Partido Popular (PP)".

Deixou claro que renuncia tanto a suas responsabilidades como ministro interino, como a seu assento de deputado no Congresso, à presidência do PP nas Ilhas Canárias e "a todo tipo de atividade política".

O até agora titular da administração de Mariano Rajoy afirmou "o evidente prejuízo que a situação está causando ao Governo da Espanha, ao Partido Popular, a meus colegas de militância e aos votantes, especialmente grave no momento político atual".

"A política é uma atividade que deve ser em todo momento instância também na pedagogia e nas explicações. Quando não acontece assim, devem ser assumidas as responsabilidades correspondentes", agregou.

Explicou que decidiu dar esse passo depois de uma conversa com Rajoy, a quem comunicou a decisão "irrevocável" de apresentar sua renúncia expressa às funções de ministro.

Desde o começo, Soria negou perante a opinião pública qualquer tipo de relação com sociedades com vantagens fiscais (offshore), segundo difundiram na segunda-feira dois meios jornalísticos espanhóis que investigam o escândalo conhecido como Panama Papers.

No entanto, suas contradições nas explicações o colocaram cada vez mais no olho do furacão.

De acordo com o jornal digital El Confidencial e o canal de televisão La Sexta, o nome do até hoje ministro apareceu na documentação da firma de advogados panamenha Mossack Fonseca, como um dos administradores de uma empresa dissolvida em março de 1995.

Em uma coletiva de imprensa em Lanzarote (Ilhas Canárias), Soria desmentiu "taxativamente" ter qualquer conexão com a sociedade offshore UK Lines Limited, criada em setembro de 1992 e desaparecida três anos mais tarde.

Explicou que UK Lines Limited, registrada nas Bahamas, é uma empresa "provedora de serviços inglesa que prestava assistência em portos aos barcos que transportavam frutas e verduras fora da Espanha", e negou qualquer "relação pessoal" com a mesma.

O ministro disse desconhecer por que seu nome figurava nesses papéis, uma questão que - apontou então - espera ser esclarecida pela justiça espanhola e pelas autoridades panamenhas.

Sua situação se agravou ainda mais ontem devido a informações publicadas pelo jornal El Mundo, segundo o qual, Soria figurava como administrador de uma companhia no paraíso fiscal de Jersey em 2002, quando era prefeito de Las Palmas.

Fonte: Prensa Latina


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