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midiacapitalistaBrasil - PCO - As eleições são decididas sobre a base do poder econômico e da manipulação da opinião pública. Só é candidato quem a burguesia e sua imprensa promovem como candidato.


Nesta segunda-feira, foi realizado o segundo debate entre os candidatos à presidência da República. O primeiro foi organizado pela TV Bandeirantes e dessa vez pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).

Este como outros debates, e mesmo a cobertura da imprensa capitalista das eleições, são promovidos apenas para fazer propaganda de determinados candidatos escolhidos a dedo, tirando do ar e das páginas dos jornais os candidatos que promovam, representem e defendam opiniões que a burguesia e sua imprensa não têm interesse em divulgar.

No debate desta segunda-feira, como o primeiro promovido pela Band dias antes, dos onze candidatos à presidência participaram apenas sete.

Desta forma, a imprensa burguesa impõe à população os candidatos que ela escolhe, como "principais candidatos" e não os que se candidataram. Isso acontece nas eleições nacionais e se repete nos estados.

No Distrito Federal, onde a TV Brasília junto com o jornal Correio Braziliense promovem hoje [02/09] o debate entre os candidatos ao governo, deixam de fora uma única candidata, a do Partido da Causa Operária. Ao todo, seis candidatos concorrem, mas apenas cinco foram escolhidos como "verdadeiros" candidatos pela burguesia e sua imprensa.

Em todos os lugares o que prevalece é a manipulação da opinião e da vontade do eleitorado de acordo com o que os jornais e canais de televisão, que formam um monopólio sem igual no mundo, mostram de cada candidato. E eles só mostram o que convém aos capitalistas que disputam o controle do Estado para garantir o atendimento de seus próprios interesses, que serão garantidos com a extrema exploração da classe trabalhadora.

Para realizar essa segregação eleitoral, proposital, deixemos claro, criam uma série de justificativas, critérios burocráticos e até mesmo o suposto cumprimento da legislação eleitoral para a realização de debates em que dizem que devem ser convidados aqueles com representação no Congresso Nacional. Com isso, partidos como o PCO, PCB e o PSTU, por exemplo, permanecem, sempre, de fora da cobertura dos principais jornais, de televisão, pela internet ou impressos.

Essa situação é mais um sinal do processo absolutamente antidemocrático das eleições e das condições desiguais que estão colocadas entre os candidatos e os partidos em disputa. E este é apenas um aspecto, para não falar da burocracia interminável dos tribunais eleitorais que consomem as energias dos pequenos partidos que não tenham condições de contratar grandes escritórios de advocacia e dezenas de contadores.

O objetivo de tudo isso é evidente: trata-se de realizar o processo eleitoral sob estrito controle das classes que detêm o poder econômico e político. Vale tudo para impedir uma discussão democrática, até mesmo subverter o princípio dito democrático por trás do processo eleitoral. Afinal, pode-se chamar de eleição "livre", "democrática" e "soberana" uma disputa na qual parte dos competidores é virtualmente tirada do páreo por uma força alheia ao controle dos cidadãos, como o monopólio capitalista da imprensa?


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