Até Julho deste ano, uma chapa de zinco, por exemplo, custava 650 kwanzas, encontrando-se actualmente, no famosíssimo quintalão do bairro Quixicongo, a 1.300. A situação deixa preocupados os cidadãos residentes na província, cada vez mais interessados em possuírem casa própria, mas a esquivarem-se dos valores altíssimos no arrendamento de imóveis, sobretudo na cidade do Uíge e arredores.
"Os preços dos materiais de construção, particularmente as chapas de zinco, estão muito elevados. Para muitos desempregados, como eu, é preciso um milagre para se conseguir juntar dinheiro para comprar 20 folhas de chapa", disse Zelha Malungo, que está a construir a sua residência no município do Uíge.
Os principais materiais necessários para a construção de casas de média e baixa renda, projectadas no programa habitacional do Executivo, como chapas de zinco onduladas e caneladas, tintas, cimento, e outros, são encontrados em poucas quantidades em lojas ou armazéns, factor que está a influenciar a subida dos preços dos mesmos.
João Manuel, vendedor do mercado do Quixicongo, comercializa portas e janelas de madeira, chapas, ferros, entre outros materiais. O jovem diz que a subida de preços se deve à escassez dos mesmos na província.
"O preço dos artigos de construção sofreu uma certa alteração, nos últimos tempos, porque há pouco material no mercado e a procura é superior à oferta", referiu.
Actualmente, as chapas de zinco onduladas estão a ser comercializadas a 1.300 kwanzas e as caneladas dois mil. Um varão de 10 milímetros varia entre 1.800 e dois mil kwanzas.
Um funcionário das Organizações Wamba, uma das maiores empresas de comercialização de materiais de construção civil da província, referiu que as chapas de losalite, mosaicos e tintas, são as que mais faltam no mercado local, por isso é que os preços estão cada vez mais alto.