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taxheavensDiário Liberdade - É habitual falar da corrupçom em termos de excecionalidade, de "natureza humana" ou de erros nos mecanismos de controlo. Agora, os 'Panama Papers' voltam a situar o foco na essência corrupta do capitalismo.


Líderes políticos, financeiros, mediáticos... um setor significativo do que podemos denominar "a elite mundial" aparece em grande número de esquemas de lavagem de dinheiro e evasom fiscal nos mais variados países, segundo foi divulgado neste mesmo domingo, 3 de abril, polo Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo (ICIJ, na sigla em inglês).

Ao que todo indica, estamos diante do maior vazamento de documentaçom confidencial já realizado, incluindo todo o tipo de informaçons sobre atividades de lavagem de dinheiro, mediante a evasom de impostos evitando sançons, garantindo e aumentando lucratividade financeira de pessoas milionárias um pouco por todo o mundo.

Entre as pessoas afetadas, contabilizárom-se já 72 ex-chefes de Estado, mas também presidentes e ministros em exercício com relaçons de "negócios" com empresas offshore (no estrangeiro) nom declaradas. Também mega-empresários, estrelas de cinema, famílias reais, futebolistas, etc, bem como milhares de empresas de todo o mundo.

Na impossibilidade de ser ocultado, cada meio de cada país está a oferecer a sua versom com umha lista parcial, politicamente orientada, de pessoas atingidas pola filtraçom dos chamados "Papéis do Panamá" (Panama Papers).

Também nós referiremos alguns casos politicamente relevantes, na perspetiva de quem, contrariamente aos meios burgueses, nom foi cooptado nem depende dos grandes poderes do capital. Daí que comecemos por dar os nomes do rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, do empresário-presidente da Argentina, Mauricio Macri, do secretário e chefe dos negócios do rei de Marrocos, Mounir Majidi, e o do pai do primeiro-ministro británico, David Cameron sem esquecermos o atual presidente da Ucránia, Petro Poroshenko. Acrescentamos os nom menos significativos Hamad bin Jassim bin Jaber Al Thani, ex-primeiro-ministro do Qatar, assim como Hamad bin Khalifa Al Thani, ex-emir do Qatar, e o atual presidente dos Emirados Árabes Unidos, Khalifa bin Zayed bin Sultan Al Nahyan. Mais um: Juan Armando Hinojosa, "empreiteiro favorito" do presidente do México, Enrique Peña Nieto.

Colaboradores e parentes de chefes ou ex-chefes de Estado como Paquistám, Guiné Equatorial, Egito, Ghana, China, Azeibarjám, Rússia, Síria, África do Sul, Islándia, Angola... fam parte da enorme lista. Nom que julguemos uns casos menos graves do que outros, mas convém que os mais poderosos e influentes, aliados ou integrantes do núcleo duro do imperialismo, sejam colocados bem à vista.

A pesquisa massiva realiada por centenas de jornalistas do mundo expom em pormenor o movimento de capitais e o funcionamento dos paraísos fiscais, no período entre 1977 e 2015.

Nom podemos deixar de referir as centenas de empresas do Estado espanhol envolvidas neste esquema massivo de corrupçom, muitas das quais beneficiadas pola amnistia fiscal promovida há poucos anos polo governo do Partido Popular. Além disso, destaca a presença da tia do monarca espanhol, Felipe de Bourbon, assim como o realizador de cinema e "ícone nacional" das artes espanholas, Pedro Almodóvar.

Curiosamente, os meios espanhóis da burguesia estám a evitar informar sobre o envolvimento da classe dirigente espanhola e apontam para outros líderes mundiais, nomeadamente para o russo Vladímir Putin, orientando a opiniom pública para os "inimigos públicos" assim declarados polo imperialismo ocidental em que o Estado espanhol se enquadra.

No Brasil, som referidas nom menos de seis grandes empresas e famílias envolvidas na chamada "Operaçom Lava-Jato", que teriam negociado com a Mossack Fonseca: a construtora Odebrecht e as famílias Mendes Júnior, Schahin, Queiroz Galvão, Feffer (grupo Suzano) e Walter Faria (grupo Petrópolis).

Já no caso de Portugal, salienta a presença do milionário Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira, apontado como envolvido na investigaçom Lava Jato e com 14 empresas sediadas nas Ilhas Virgens Británicas - nas áreas dos minérios, gás natural e exploraçom de petróleo.

Estados Unidos, Suíça e Alemanha som alguns dos destinos do dinheiro conduzido a contas opacas.

O caso dos Panama Papers só acabou de vir a público, mas já podemos lançar a pergunta determinante: Será que dá para continuar a sustentar que a corrupçom é só um assunto episódico e nom essencial na dinámica metabólica do sistema capitalista mundial?


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