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200911_cultivosCabo Verde - A Semana - Os agricultores cabo-verdianos estão de olhos postos no céu à procura de sinais animadores. E se as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica se concretizarem, a chuva amiga vai falar mantenha a Cabo Verde ainda esta semana. Mas mesmo que chova nos próximos dias será insuficiente para garantir desde logo um bom ano agrícola.


O director de serviço de Agricultura explicou ao asemanaonline que o ano agrícola é um processo e, como tal, é preciso chuva para nutrir as culturas, sobretudo nesta altura em que as plantas começam a entrar no período de floração e frutificação, em que as exigências de água são maiores. "A meteorologia prevê chuvas para os dias 22 e 23, quinta e sexta. O ano agrícola iniciou mais tarde e, portanto, para além da precipitação prevista, é preciso que chova ainda mais", frisa Celestino Tavares.

Enquanto a chuva não cai, este responsável indica que a primeira década de Setembro foi marcada por uma situação meteorológica favorável, com queda de precipitações significativas, contemplando as principais ilhas de vocação agrícola. Nesse período, os maiores índices pluviométricos foram registados em Achada Longeira em Santiago (213 mm), Ribeira do Ilhéu no Fogo (124 mm) e Fajã Domingas Benta em Santo Antão (64.2mm).

Em Santiago, as culturas do milho e do feijão apresentam um desenvolvimento muito favorável. "O milho encontra-se no início da floração e os feijões, de uma maneira geral, em ramificações, sendo que em algumas localidades estão no início da formação das vagens. Nas zonas semi-áridas, o vigor vegetativo das plantas é razoável já que ainda o solo está húmido", informa o boletim da situação de campanha agrícola.

Também no Fogo, Santo Antão, Brava e São Nicolau, a situação é animadora. Por exemplo, nas ilhas do Vulcão e das flores, a cultura da abóbora já se encontra em frutificação e colheita em algumas localidades. Já em Santo Antão, nas zonas semi-áridas, faz-se a primeira monda nas culturas do milho e feijões.

Quanto à situação fitossanitária, o boletim informa que ela é muito satisfatória em todo o país e que, até ao momento, em termos de pragas, não houve registos de estragos nas culturas. "Houve eclosões de gafanhoto na ilha da Boa Vista e as operações de luta, com recurso ao pesticida biológico, estão em curso. No Fogo, houve necessidade de se fazer tratamentos contra o percevejo verde em algumas localidades, enquanto na Brava, houve ataques de lesmas dispersos por algumas zonas".

A situação mais complexa, de acordo com o boletim, acontece em Santo Antão, onde a praga conhecida por mil-pés está a danificar de forma considerável a cultura do milho, ainda no estado de germinação de folhas. Neste ilha e em Santiago, registaram-se pequenas eclosões de gafanhoto, mas não houve necessidade de intervenção.

Em relação ao gado, a sua situação alimentar e nutricional é satisfatória, apesar de alguns animais, de um modo geral, nesta época do ano, apresentarem sinais de emagrecimento corporal por causa da ingestão de eras verdes dos campos de pastagem. Há água em quantidade suficientes para os animais beberem e o pasto espontâneo desenvolve de forma muito satisfatória nos vários estratos climáticos.

Em curso estão também actividades de preparação de terrenos e plantação em Morro Vento, Cruz João Herodes e Lagoa (Santo Antão), Monte Gordo e Campo da Preguiça (São Nicolau), Fonton-Tarrafal, Ribeireta -São Miguel e Monti Palha (Santiago).


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