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Zillah Branco

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No caminho

A desvalorização de políticos que só têm ambição pessoal (obnóxios)

Zillah Branco - Publicado: Quinta, 24 Dezembro 2015 14:19

O ex-ministro do Brasil, da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, escreveu um excelente artigo sobre o baixo nível de alguns políticos que se agarram ao poder como os antigos cortesãos que viam a possibilidade de serem alguém aos olhos da nação, a que aplicou um adjetivo pouco conhecido de "obnóxio" (segundo o dicionário, "que se sujeita à punição, servil, funesto, nefasto").


Critica a ambição mesquinha que acaba por reduzir o valor do governo que lhes serviu de poleiro."Diz-se que a história forja os personagens de que necessita. Isso é injusto conosco, não merecemos Temer, Cunha e seus quejandos, ainda menos o vazio humano que possibilitou essa safra. A média brasileira é muito melhor. Portanto, ainda podemos confiar, com esperança, no papel da organização social, a sociedade reagindo mediante seus mecanismos de ação, intervindo no processo, ditando e corrigindo as lamentáveis rotas de hoje. "(Portal Vermelho, 11/12/15).

Penso que a mediocrização dos políticos de direita é um dos mecanismos do sistema capitalista, na sua fase imperialista como a que o mundo assiste hoje. A produção de políticos submissos à sua lógica (que chegam a ocupar postos de governo catapultados pelo movimento econômico que controla as eleições) tem início na criação de oportunidades de formação e de trabalho para determinados jovens que revelaram capacidade em busca de realização pessoal no mesmo sentido individualista dos interesses capitalistas. É a constituição de uma elite e a defesa da classe dominante que segue os caminhos do "empreendedorismo" sem visão social. Genericamente atribui-se à História em geral, mas é apenas à parte dominada pela lógica do capitalismo e da elite que se torna dominante, deixando de fora o outro lado da História que defende um sistema socialista com base na liberdade e na igualdade de direitos de todos os cidadãos.

Nos EU, o governo de Bush desvendou a subordinação de fantoche do Presidente que, sendo obnóxio, nem se preocupava em disfarçar a representação que fazia com as suas fracas forças intelectuais. Mas muitos outros políticos norte-americanos ficaram conhecidos pelas palavras e atos que usavam, inadequados às situações e ao cargo que ocupavam. Até mesmo o Presidente Obama, escolhido por ser negro e ter um passado de jovem combativo e inserido na rebeldia de uma burguesia, serviu de porta-voz do imperialismo ao fazer o seu discurso "terrorista" em Oslo, ao receber contraditoriamente o prêmio Nobel da Paz.

Na Europa, paralelamente ao que ocorre nos EUA, começaram a surgir fracas personalidades nos postos mais elevados dos governos. Têm poucas informações sobre a humanidade e frágil formação intelectual que os torna tímidos e frágeis diante das oposições. Em alguns casos, parecem ter personalidade forte mas a fragilidade é denunciada por casos de corrupção tornados públicos. Nos países mais pobres, como Portugal por exemplo, a direita controlada pelo Clube Bildenberg preparou quadros formados tardiamente ou fraudulentamente em cursos controlados pelo sistema imperial, com a característica de fantoche disciplinado, obnóxio, sob o comando da União Europeia. Neste sentido, o último primeiro ministro assumidamente de direita, Passos Coelho, desempenhou o papel de emissário das ordens da Troika em oposição ás reivindicações da população portuguesa, inclusive conservadora. Ficou clara a sua tendência apátrida e de sobrevalorização da acumulação de capital em prejuízo das necessidades dos humanos que compõem o povo. Um obnóxio como Bush e outros que tais.

Em consequência de um processo de conscientização do percurso imperialista e seus fantoches obnóxios, que se espalhou por várias nações, agravado pela visibilidade do caos humanitário (decorrente da destruição criada pelo braço armado terrorista ou por espiões dos órgão de segurança secreta, contra civilizações antigas do Oriente Médio e Norte da África) que produziu a fuga de centenas de milhares de pessoas que enfrentam o risco de navegação sem segurança no mar Mediterrâneo em busca de acolhimento na zona da UE, as últimas eleições em 2015 abriram um novo panorama político às forças políticas sociais-democratas que aceitam agora a influência da esquerda ou da extrema-direita.

A ação do imperialismo norte-americano assumiu a forma da infiltração dos elementos da CIA, em lugar do embate militar das suas forças armadas ou mesmo de exércitos mercenários, deixando a tarefa militar visível para os seus parceiros europeus que aceitaram a NATO como "sua" força continental. Hoje presenciamos a volta da ação de dominação imperialista na América Latina através de influências junto ás populações e pela corrupção de personalidades da alta política, para desestabilizar os governos progressistas. Esses ainda dependem financeiramente do sistema capitalista e são mantidos aprisionados pela política neo-liberal que é muito adequada ás condições oligárquicas herdadas de um passado em todo o continente e que sobrevivem com maior força nas áreas menos desenvolvidas.

O momento político mundial encontra-se em uma fase decisiva de mudança, com riscos e oportunidades a serem utilizados pelas forças políticas opostas, a favor de um caminho para o socialismo ou de recrudescimento da exploração capitalista. Assustador é o agravamento do terrorismo e da escravidão no trabalho e nas antigas formas de poder social que se manifestam como forma de superioridade cultural contra as minorias e os setores mais desprotegidos: pobres, trabalhadores, mulheres, crianças, carentes por problemas de saúde, imigrantes, diferenças étnicas, religiões ou ideologias praticadas por minorias, enfim todas as raízes dos preconceitos contra os quais a humanidade luta há séculos. Não podemos esquecer que a escravidão gera o medo que aniquila o ser humano.

12/12/15


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