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Xavier Moreda

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Crónicas do renegacionismo

Xavier Moreda - Publicado: Terça, 09 Fevereiro 2010 00:00

Xavier Moreda

Os pusilánimes do bipartido, quando chegárom ao poder, recolhêrom o fraguismo: herança envenenada, sem fiscalizar, sem auditar seriamente o legado simbolizado na Cidade da Cultura inacabada, de quarzito ilegal.


Foi umha espécie de teatralizaçom dos émulos complexados que julgárom ser os novos actores de umha nova transiçom (traiçom) à galega, assumindo a franquia eleitoral de Montepio como umha fábrica de espanholidade. Permitindo e protegendo o renascimento do fascismo-comercial. Lembram a consulta à RAG: Galiza ou Galicia? Qual seria agora a resposta? Todas e todos, dentro de Galicia esquina verde de Eghpanha: Galiza diluída e relativizada, de Memória-comparsa, de cultura verniz, de genocídio negado polas e os renegacionistas que nos dissolvem na história guerracivilista dos dous bandos. Fascistas e fraguistas “to er mundo egh güeno”, todos e todas por umha falsa normalidade, num convívio morno pós-fra(nq)guista perante a adaptaçom clientelar e a estratégia colaboracionista de quem tendo responsabilidades nom age contra o renegacionismo activo, contra o eliminacionismo. 

Hojé estamos de aniversário: 8 de Fevereiro, data premonitória do pós-tourinhismo. Estamos comemorando um ano da existência da fabricaçom mediática do conflito lingüistico galegófogo por umha renegacionista minoria galega (Galicia Bilingüe), acompanhada daquela outra minoria, um terço das 2.500 pessoas que chegava em autocarro para assistir à procissom, a cruzada eliminacionista contra o idioma, eram militantes fascistas espanhóis chegados em autocarros de Madrid e doutras localidades do imperiozinho.

8 de Fevereiro, data da resistência contra o renegacionismo, devemos comemorar para nom esquecer. Sem dramatismos. Dia daquela precursora encenaçom hipócrita da liberdade de expressom que tivemos a decência e a coragem de enfrentar perante a brutal repressom em Compostela dos e das activistas na defesa do galego ante o desleixo delituoso do bipartido, foi o início orquestrado da satanizaçom dos movimentos sociais na defesa do galego.

A importáncia histórica desse episódio mostra em grande parte o que se esta a passar na actualidade. Nesses dias, o bipartido, com o silêncio administrativo e umha atitude falsamente equidistante, tentárom assinalar os “conflictivos” com as suas próprias ausências. Delatar mediaticamente aos “radicais”: los extremos se tocan.

Daquela renegacionista relativizaçom da violência contra a nossa língua, um delito que deverá estar tipificado no código penal na futura República Galega, vem em grande parte o conflito artificioso que alimentou a táctica oportunista de umha estratégia genocida, perversa e continuista que comezara o 20 de Julho de 1936, para demonstrar que o bipartido, “limpos porteiros de hotéis”, permaneceram nos dias prévios e mesmo no 8 de Fevereiro na equidistância da torreta do palco do bunker-hórreo, à margem da “intoleráncia” reprimida polo chefe da repressom, o vice-rei Ameixeiras.
As hostes residuais, seguidoras galegófogas do grande pailám: promotor mediático da feijoada trilingüe, som as mesmas que posibilitárom a formaçom del espíritu nacional na “longa noite de pedra”, a golpe de agulha e rosário-cilício, com sangue: “la letra con sangre entra”. Delatoras de confissionário. Legiom de colaboracionistas da santa cruzada Aquelas señoritas com camisa nueva adventias do señoritismo, agora novo-riquismo virtual, resultado perverso do círculo vicioso do auto-ódio de quem nunca deixará de ser o que é, galegas renegadas a seu pesar. Som rescaldo do “factum genocida”, conseqüência da acçom da violência fascista ou som, simplesmente, ignorantes perigosas.

A ideia do processo eliminacionista da língua é também resultado irremediável da orfandade, do vazio que deixárom milhares de galegos e galegas, assassinadas, violadas, rapadas, “viúvas de vivos e mortos que ninguém consolará”. É o programa dos comissários do esquecimento, dos futurólogos forenses que quigérom ditaminar para o galego: morte natural. “A trama narrativa dos perpetradores do genocício” tem herdeiros, herdeiras que relativizam a violência que paralelamente exercem, é o paradoxal negacionismo à galega, como argumento justificativo que nom esconde a “necessária violência exterminadora”, intermitentemente genocida: eliminacionista, renegacionista, assimilacionista, de novo actualizada naquele 8 de Fevereiro: darle bien para que duerman calientes. Tenían que echarlos desde los aviones como en Argentina! Isto fai parte do renegacionismo assumido “com sentidinho”, como um mal menor.

Estas minhas radicais consideraçons nom seriam necessárias num país civilizado, desenvolvido económica e culturalmente, mas sim num pais que nom reconhece ou nom pode reconhecer a sua memória com o orgulho e a valentia necessária para afrontar e construir a sua própria história, contra a falsa história e os resíduos fascistas contaminantes, a simbologia que permanece nas ruas e nas igrejas comemorando impunemente o genocídio. O particular negacionismo de algumhas vítimas das vítimas do genocídio galego com síndroma de Estocolmo que nom negam mas promovem aquele activo renegacionismo que tam bem propagam as novas cachorras de seccion  femenina, no seu aggiornamento berlusconiano chamado Galicia bilingue, com resposta programática de Feijoo, frijolito no castelhano (eghpanhol!) que promove “firme el ademan” o renegado maior: desertor da pátria humilde, que nom logra esconder, dissimular , disfarçar o pailám que leva dentro.

Porém, há umha responsabilidade colectiva do povo galego: há que combater o franquismo sociológico, a institucionalidade assumida involuntariamente polo medo paralisante preventivo e polo cepticismo secular da maioria silenciada. Da desnutriçom histórica que perpetua a normalizaçom do genocídio, só assim entenderemos porque aquele regime de terror demorou tanto tempo. Mas é ainda mais difícil entender porque continuamos a permitir a ditadura dos imbecis disfarçada de democracia.

Do dia que enfrentamos o renegacionismos e dos posteriores, ficárom, além dos documentos gráficos, as lembranças das conversas com amigos e amigas que percebêrom os protestos como actos radicais desnecessários, exacerbados. Muitos e muitas delas acudiam alarmadas a Compostela quase um ano depois do dia histórico em que o reintegracionismo fazia frente ao renegacionismo, no que alguns e algumhas activistas e mui significativamente NÓS-UP, enfrentárom o fascismo.

Temos que nos parabenizar do sucesso da greve unitária contra a política renegacionista de Feijoo, Frijolito em traduçom simultánea, como corresponde a quem por coerente desleixo vomita normativas trapalheiras tentando confundir aos pais e maes contaminados pola nescia confusom da liberdade a contaminar rias, línguas ou o que for outorgando-lhe sub-repticiamente a responsabilidade sobre a decisons culturais e educativas em detrimento de toda a naçom e especificamente de toda a comunidade educativa sem exclusons. Mas é preciso que haja ainda mais vozes contra a afonia ditada; recuperemos as vozes entre os e as galegas domesticadas dessa secularmente maioria silenciada, confundida com premeditaçom e aleivosia com a “maioria silenciosa”, que ajudem a reconstruir a memória da Galiza combatente. Contra o renegacionismo.


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