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111015 teatroMoçambique - VOA - Mia Couto: “Assumia-se como alguém que está à procura de razões para existir, para escrever.”


Suécia e Moçambique perderam esta semana um Homem da literatura e do teatro, que certa vez escreveu “uma das minhas maiores aventuras e desafios foi trabalhar no Teatro Avenida, com pessoas de diferentes culturas, o que revela que há coisas unindo do que nos separando". Henning Mankell, do Grupo Mutumbela Gogo.

“Era uma pessoa de causas, que não era só escritor; assumia-se como alguém que está à procura de razões para existir, para escrever,” diz Mia Couto, escritor moçambicano, que realça que Mankell envolveu-se em várias causas, incluindo a desminagem e apoio à aldeia de crianças SOS.

Couto já era colaborador do Mutumbela Gogo, quando Henning Mankell chegou à Moçambique, na década de 1980.

O Teatro Avenida, onde o grupo dirigido por Manuela Soeiro trabalha, tornou-se também seu palco. Em 1986 assumiu a posição de director artístico. Evaristo Abreu, actor e encenador foi um dos seus pupilos.

Abreu diz que “ele (Henning) trouxe uma visão sobre como fazer teatro, como fazer espectáculos com uma carga temática forte. Ele era bastante interventivo. Nas digressões, fazia questão de termos igual tratamento” que outros actores internacionais.

Henning Mankell perdeu a vida no dia 5 de Outubro, na Suécia. Tinha 67 anos de idade e sofria de cancro.

No Grupo Mutumbela Gogo, encenou várias peças, a última das quais foi a adaptação de Hamlet, de William Shakespeare, em 2014. Contribuiu para o crescimento de actores como Graça Silva, Lucrécia Paco, Adelino Branquinho ou Jorge Vaz.

Vivia metade do ano na Suécia e metade em Maputo. Deixa um filho, Jon Mankell; e viúva Eva Bergman, filha do famoso realizador Ingmar Bergman.

Fora de Moçambique, Mankell era conhecido pelos seus romances policiais. A sua criação mais famosa foi o detective Kurt Wallander, cujas aventuras, passadas no sul da Suécia, foram transformadas numa série televisiva pela BBC.


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