A decisão foi tomada após reunião do chefe de Estado com os restantes membros do governo para avaliar as medidas que estão sendo tomadas para impedir a entrada do ebola em território caboverdiano.
O governo decidiu ainda suspender todas as viagens oficiais à Libéria, Nigéria, Serra Leoa e Guiné, além de aconselhar os cidadãos de Cabo Verde a não viajar para esses que são, até agora, os países mais afetados pelo vírus ebola, segundo a OMS.
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Desde o começo do mês um navio chinês proveniente de Serra Leoa está ancorado na baía do Porto Grande, região noroeste da ilha de São Vicente, para prevenir a entrada do vírus ebola no país. A embarcação foi para Cabo Verde para fazer ajustes de manutenção quando as autoridades sanitárias anunciaram um período de quarentena do navio, já que não havia outra maneira de assegurar o isolamento da tripulação.
A plataforma das comunidades africanas residentes em Cabo Verde posisionou-se a favor da medida do governo de proibir a entrada de estrangeiros provenientes dos países afetados pelo ebola. A entidade afirmou que apoia a decisão porque compreende as fragilidades do país em lidar com esta situação e por isso acha uma medida acertada das autoridades nacionais.
O Movimento para a Democracia (MpD), principal partido de oposição, criticou as medidas governamentais. De acordo com os opositores, a medida deveria ter sido tomada há mais tempo. Também não concorda com a proibição de três meses da entrada de estrangeiros vindos de países com casos registrados de ebola, posicionando-se a favor de um período de seis meses de portas fechadas para tais imigrantes.
Com A Semana e RTC