Adelaide de Carvalho, que fazia o balanço do primeiro dia de trabalho dos peritos dos 52 países participantes na Segunda Conferencia Interministerial sobre Ambiente e Saúde em África, referiu que em termos de perfil epidemiológico, as doenças que mais afectam crianças e adultos são as diarreias agudas, paludismo e as transmissíveis.
A falta da qualidade de saneamento e Ambiente, disse, tem vitimado muitas pessoas e contribuído para o preenchimento das camas dos hospitais, o que causa, também, um grande impacto no orçamento dos estabelecimentos hospitalares públicos. "O impacto é enorme e o ideal era termos um Ambiente e saneamento mais favoráveis, de forma a evitar que um grande número de pessoas tenha baixa hospitalar", declarou. O representante da OMS em Angola, Rui Gama, sublinhou que, volvidos dois anos, se regista "um progresso constante, que confirma que a histórica Declaração de Libreville está a desencadear esforços para melhorar as condições de saúde e bem-estar das comunidades em todo o continente, de modo a mitigar os efeitos nefastos das alterações ambientais". Desde então, disse Rui Gama, o Programa das Nações Unidas para o Ambiente e a Organização Mundial da Saúde prestaram contributos importantes para apoiar o processo. "É gratificante verificar que países como os Camarões, Gabão, Quénia e Mali foram já um passo mais longe e começaram a elaborar projectos de planos nacionais de acção conjunta para os sectores da Saúde e Ambiente", sublinhou.