O dois sindicatos que representam os trabalhadores, STAPS e SIACSA, mostram-se insatisfeitos com esta medida do governo, pelo que estão a preparar toda a documentação para levar o caso ao tribunal.
"Essa lei ficou muito acima dos direitos dos trabalhadores. E são obrigados a trabalhar sem mínimas condições, sem motivação nem direito de reivindicar. Já que o próprio governo tomou essa decisão vamos ter que fazer uma outra forma de luta, ou seja, recorrer ao tribunal", diz Fernando Baldé, presidente do Sindicato de Administração Publica de Santiago,STAPS.
Baldé questiona ainda o "braço de ferro" por parte da Câmara. Segundo diz, a autarquia nunca mostrou abertura de diálogo. "Os bombeiros ficaram contentes com a proposta de regulamento dos bombeiros. Entretanto, os documentos foram enviados aos dois sindicatos para efeito de pareceres, mas estes não foram levados em consideração na hora da aprovação do regulamento."
A partir daí, aponta, "começaram a enganar os bombeiros, nomeadamente no que tange à nova grelha salário, isto é, antes ganhavam 42 mil escudos passou para 53 mil ao invés de aumentar para 59, conforme a lei. Sem contar a falta de equipamentos de trabalho, seguros de vida, de risco e de turno".
Note-se que os bombeiros encontravam-se nesta manhã em frente da sede na Fazenda, indignados e sem "motivação" para trabalhar. "o governo não ajudou em nada a resolver a nossa situação. Uma revindicação que vem desde há muito. E e isso mostra um autêntico desrespeito para com a nossa equipa. Não há equipamentos de trabalho e somos nós a fazer um esforço para lutar contra todos esses constrangimentos. A luta vai continuar", garante Arlindo Ribeiro, dando voz à equipa dos bombeiros municipais.