1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (0 Votos)

Imagem do Diário Liberdade: reproduçom livre, de preferência citando a fonte.Galiza - Galizalivre - Desde meados da década de 90, o 24 de Julho foi-se assentando como umha jornada de festa e reivindicaçom que precedia o Dia da Pátria, servindo especialmente de resonáncia para os projectos juvenis.


A evoluçom da noite ao longo dos últimos quinze anos retrata com muita fidelidade o processo de regressom social em que estamos imersos.

Estratégia preventiva nos 90

Desde 1995, a subdelegaçom do governo aplicava-se no trabalho preventivo contra os actos do que chama 'independentistas radicais': controlo discreto dos actos, dispositivo policial modesto, e estratégia de espionagem oculta para nom alarmar a cidadania. Todos as Rondalhas da Mocidade da AMI eram gravadas, mas isto fazia-se desde andares cercanos à manifestaçom, ou desde o interior de carrinhas tintadas. O acto juvenil chegava à Praça das Pratarias, onde era habitual a queima da bandeira espanhola.

Cargas nos inícios de 2000

Desde inícios da presente década, os actos da mocidade recebem um acompanhamento policial relativamente importante, e com frequência rematam em pequenas cargas, simplesmente disuasórias. Os saltos e barricadas que empeciam o tránsito em vários pontos da zona velha eram despejados polos bombeiros e a polícia municipal. As sabotagens arredistas, que já deste entom começam a cebar-se em sucursais bancárias, ainda nom motivam umha ocupaçom das ruas tam intensa como uns anos depois.

A grande transformaçom: roubo do espaço público

Progressivamente, e de maneira paralela ao aumento do plano turistizador da capital galega, partes mais amplas da cidade som roubadas às e aos manifestantes. Acontece entom que nom som apenas os independentistas os que se vem obrigados a custes extra por fazerem pública a sua conviçom arredista, senom o conjunto de pessoas, de certo perfil social, que se decidem a passear pola zona velha: impossibilidade de andar certas ruas, proibiçom de facto de amossar simbologia nacionalista, cacheos arbitrários e mesmo insultos.

No atinente às mobilizaçons políticas, o seu custo repressivo é amplo: neste ano, a marcha de Ceivar saiu escoltada, e baixo a ameaça de carga de se incumprir umha por umha as normas de Interior; a rondalha de Briga foi disolta sem prévio aviso depois de celebrar-se com toda normalidade, e com o agravante, face outros anos, de estarem todas as pessoas mobilizadas rodeadas por um cordom de homens armados. No caso da de AMI, e ao igual que o passado ano, a subdelegaçom do governo apostou pola proibiçom de facto.

As condiçons das mobilizaçons de certos sectores já se semelham perigosamente, no aspecto técnico e também no político, com as que reinavam no franquismo.

Multiplicam-se os escándalos

A denúncia dumha jornalista de "El País" sobre os abussos idiomáticos da polícia, somada à queixa parlamentar do autonomismo, deu certo eco à realidade abafante do 24 de Julho. Na realidade, tal queixa é parte da verdade e, no substancial, colabora com a versom dos feitos que dá a imprensa da ordem. Porque o produzido em Compostela nom foi um abusso pontual contra umha cidadá espanhola, senom um estado de sítio que atingiu centos de pessoas, nomeadamente arredistas, mas também gente de outras ideias e filiaçons.

Vários jornalistas de galizalivre andárom toda a noite as ruas da capital, observando a conduta dos agentes antidistúrbios no seu propósito de expulsar da zona velha o independentismo. Como já narramos neste portal, alguns polícias chegárom a insultar adolescentes que faziam botelhom por levarem a bandeira galega ('metedla por el culo'); noutro caso, um agente ameaçou com agredir fisicamente um turista que recriminou o despregue e se perguntava polas razons da blindagem da sede de "El Correo Gallego"; abundam também as anedotas do tratamento recebido polos independentistas que eram cacheados: patadas nas canelas, empurrons contra as paredes, ameaças de paus e registos ilegais, que consistiam em deitar todas as propriedades polo chao e ciscá-las para que logo cada pessoa as tivera que recolher. Durante a marcha de Briga, alguns dos agentes com a escopeta de bolas carregada burlavam-se dos manifestantes e diziam as ganhas que tinham de apretar o gatilho.

A escolma de anedotas demonstra bem mais que a conhecida política anti-independentista do Ministério de Interior: vem a revelar que as forças de segurança espanhola estám formadas, num número mui importante, por pessoas com sérios desarranjos psicológicos, agressividade gratuita e ideologia anti-galega e de extrema direita.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Publicidade
Publicidade
first
  
last
 
 
start
stop

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.