O grupo que na quinta-feira se fechou na Cámara Municipal de Compostela pedia que o pleno municipal aprovasse umha moçom de apoio às pessoas afetadas polas preferentes na capital galega. Em duas faixas exigiam a devoluçom do 100% do dinheiro que lhes foi substraído pola banca e lembravam que fôrom "calotados/as pola banca".
Porém, nem isso foi possível graças ao veto do ultradireitista Partido Popular, que com o voto de qualidade do Presidente, Ángel Currás, conseguiu parar o texto promovido polo grupo municipal do BNG, que nom chegou nem a debatir-se por causa do veto dos ultraespanholistas. Segundo Currás "nom é umha questom urgente", tal e como assegurou durante o pleno.
Quando as pessoas fechadas, um grupo cerca da dúzia, tentárom assistir o pleno municipal, passo foi-lhes vetada a passagem. "Primeiro que podíamos passar duas pessoas, logo umha e logo nengumha" explicavam as afetadas e afetados. O porta-voz considerou que "a situaçom vivida foi predemocrática, com a polícia a impedir-nos o acesso a um pleno municipal". Nesse momento, começou um protesto às portas do Palácio Municipal na praça do Obradoiro que se prolongou durante várias horas.
Apesar de que "se pediu umha reuniom com Currás em agosto" que desde a Cámara Municipal adiárom várias vezes alegando problemas de agenda do autarca, bastou a 'má imagem' de um protesto na mais céntrica praça da cidade para o dirigente burguês encontrar um espaço no calendário. E foi de um dia para o outro: esta tarde os e as afetadas deverám reunir-se com o Presidente da Cámara Municipal, onde com certeza este poderá explicar por que para ele "nom é umha questom urgente" que estas pessoas perdam os seus aforros.
A manifestaçom decorreu com calma, só perturbada a partir das 19h00 com a chegada de númerosos efetivos da polícia espanhola, protegendo a chegada de mais um amigo da banca: o presidente da Junta da Galiza, o também ultradireitista Alberto Nunes Feijó (PP). "Há mais polícia que manifestantes" queixava-se um afetado. E era quase literal.
"Feijó, igual que Rajói e igual que Currás, nom nos apoiou" -lembravam, ao tempo que agradeciam que o BNG compostelám sim tenha se preocupado polas suas reivindicaçons.
"Tentam ignorar-nos: na Cámara Municipal mandam-nos à Junta, da Junta à Cámara Municipal ou a Arbitragem e de Arbitragem de novo à CM ou à Junta". Entretanto os seus aforros já estám a caminho de pagar 'tijolos', salários indecentes de diretivos/as e de outros destinos pouco claros.
Fotos do Diário Liberdade