1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (0 Votos)

050211_amarelo_citroen-2cvGaliza - Um País em lata - Há manchetes de imprensa que na sua morna assepsia som quem de agachar um tsunami de significados.


Por exemplo este que aqui deixo, publicado o passado 2 de fevereiro no El País, e com escassas variações no resto dos jornais galegos: “O quadro de pessoal de Citroën aceita o ERE e mais flexibilidade”.

Na realidade o enunciado é impecável. Sujeito+verbo+complemento. Estou certo de que relata com justiça o que aconteceu. Os trabalhadores votárom e dérom o visto e praz às medidas propostas pola factoria. Pero cando se fala da Citroën todas as cautelas son poucas.

O sindicato maioritario en Citroën é o SIT-FSI, outrora SITC, outrora CGDT, outrora CDT. Un sindicato amarelo. Na realidade non é un sindicato, é un filtro asociativo, unha seita de acesso obrigado, unha extensión da patronal, a cara transfigurada da propria Citroën, unha excrecencia do sindicalismo. Assim define a propia SIT, en dous parágrafos, a razón da súa existencia. Corto e pego da súa web:

“Após os graves acontecimentos vividos nos anos 70, com umha conflitividade crescente e onde a representaçom dos trabalhadores estava em maos de pessoas muito combativas, muito politizadas e que, na clandestinidade ou infiltradas no Sindicato Vertical, realizaram um labor de oposiçom ao regime da ditadura, tentando erosionar o sistema, mas ao mesmo tempo esquecendo-se dos verdadeiros interesses dos trabalhadores, chega-se em 1978 às primeiras Eleiçons Sindicais da nossa democracia.  Um grupo de trabalhadores da Empresa Citroën Hispania S.A., hoje PSA, que nom se sente atraídos polos programas das Centrais autodenominadas de “classe”, agrupam-se no sindicato denominado C.D.T. (Confederaçom Democrática de Trabalhadores), que depois passa a ser C.G.D.T. (Confederación Geral Democrática de Trabalhadores), que a partir de agosto de 1980 se converte em S.I.T.C. (Sindicato Independente de Trabalhadores de Citroën), até janeiro de 2002, que para adaptar-se à troca de nome da nossa empresa, passa a denominar-se S.I.T.–F.S.I. (Sindicato Independente de Trabalhadores-Federaçom de Sindicatos Independentes)”. (todo em perfeito espanhol, a traduçom é nossa)

Vése que aqueles pioneiros da CDT, hoxe SIT-FSI, vivían moi comodamente na estrutura sindical do franquismo. Así que a todos os que “tentaron erosionar o sistema (franquista)”, como eufemisticamente se refere aínda hoxe o SIT a aquel fato de valentes que participaron nas greves de 1972 na factoría viguesa, tentaron aniquilalos. Lográrono nuns casos, pero non o lograron noutros. Había moita dignidade, moito compromiso e moita forza moral naquela banda de barbudos do 72. O que si conseguiron, contodo, foi incrementar, eleición após eleición, o seu número de delegados sindicais.

“Transcorridos quatro anos desde as primeiras eleiçons, os trabalhadores, cansados de greves, paros intermitentes, boicote à produçom e laudos, decidírom mudar o rumo, face à política do SIT, baseada nla negociaçom. Em 1982, confiárom na nossa eficácia e dérom-nos a primeira maioria absoluta”.

A estratexia do medo, da ameaza, da extorsión, o acoso laboral, os lucros económicos e laborais para os filiados ao poder amarelo foron razóns máis que suficientes para que o SIT configurara, co tempo, unha maioría cómoda que representa en realidade á propia empresa. Citroën é a cara, a autora intelectual, e o SIT é a cruz, o brazo armado.  O SIT aproba o ERE preventivo da empresa, coa UGT como comparsa. Votan en contra CCOO e CIG. O que é bom para o SIT é bom para Citroën, non hai máis. O titular, daquela, ficaría así: “Citroën impom ERE preventivo e seu braço armado dice SI(T)”.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Publicidade
Publicidade
first
  
last
 
 
start
stop

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.