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congreso madrid01Galiza - Diário Liberdade - Agora Galiza considera relevantes as consequências do resultado, mas apela ao trabalho de rua como a principal necessidade.


Foto de Agora Galiza - O Congreso de los Diputados espanhol.

A seguir, o posicionamento de Agora Galiza sobre a cita eleitoral espanhola:

Agora Galiza perante as eleiçons de 20 de dezembro

Os resultados das eleiçons de 20 de dezembro no Estado espanhol nom nos provocam indiferença. Obviamente nom é exatamente igual quem ocupe, e em que condiçons, a Moncloa. Porém, discernimos sobre a importáncia concedida a atingir representaçom galega em Madrid.

A situaçom das condiçons de vida do povo trabalhador e do povo empobrecido galego é alarmante, pola imposiçom das políticas económicas ultraliberais de austeridade implementadas por Madrid e Bruxelas, agravadas pola carência de independência e soberania nacional.

A situaçom do projeto nacional galego é crítica polo grau de assimilaçom a que se vê submetido um cada vez mais maioritário segmento do nosso povo polas políticas de espanholizaçom promovidas por Madrid e os seus agentes autótones.

Perante este adverso panorama de aumento da sobre-exploraçom do povo trabalhador, de incremento do empobrecimento, do êxodo migratório da nossa mais capacitada juventude e de perda da nossa identidade nacional, as tarefas prioritárias da esquerda independentista e socialista galega estám à margem do ámbito eleitoral na atual conjuntura histórica.

Estamos em pleno furacám dumha ofensiva fascistizante da burguesia espanhola e das burguesias europeias, quem após liquidarem boa parte das conquistas laborais e sociais atingidas em décadas de luita operária e popular, agora estám desenvolvendo um conjunto de mudanças legislativas visadas para restringir as raquíticas liberdades individuais e coletivas das que desfrutávamos, sob a justificaçom do combate ao “terrorismo”.

A multicrise estrutural que padece o regime espanhol post-franquista continua no ámbito económico e social, mas tem sido estabilizada no político e institucional fundamentalmente em base a dous factores:

1. A promoçom de novos partidos [Podemos e Ciudadanos] que facilitem a política de alianças dos partidos tradicionais do monopartidarismo bicéfalo espanhol [PP e PSOE] alimentando assim o ilusionismo eleitoral e simultaneamente desmobilizando o movimento de massas.

2. Concedendo aos canais de televisom controlados polos principais grupos dos monopólios do Ibex 35 um maior rol na alienaçom das massas mediante umha mais sofisticada manipulaçom infomativa, bem disfarçada de pluralismo político entre os partidos sistémicos.

Porém, os planos assimilacionistas, negadores de Galiza como sujeito político e como comunidade antropológica prosseguem até culminar na nossa destruiçom como projeto nacional.

Estamos em plena deriva fascistizante e militarista das burguesias europeias, e a esquerda eleitoral espanhola, mas também o nacionalismo galego, age com pasmosa “normalidade democrática”, praticando um irresponsável autismo.

Sem aderirmos a umha doutrina abstencionista, neste quadro tam adverso para o povo e para a Pátria galega consideramos que na atualidade as tarefas prioritárias som outras, e por isso mesmo Agora Galiza nem apresenta candidatura própria, nem aderiu à coligaçom NÓS-Candidatura Galega, nem obviamente dá respaldo a nengumha outra das que concorrem em 20 de dezembro.

As últimas quatro décadas tenhem demonstrado com factos empiricamente constatáveis que a estrategia eleitoral hegemónica no soberanismo galego maioritário nom deu resultados.

A melhor defesa possível da Galiza e das suas camadas populares passa por estimular a auto-organizaçom e dinamizar a mobilizaçom popular, por instalar na agenda política da esquerda patriótica a batalha de ideias, por abandonar as derivas cidadanistas e a política espetáculo imposta polo regime espanhol.

É nas ruas e nos centros de trabalho e de ensino da Galiza e nom nas Cortes espanholas onde se pode e se vai defender e conquistar o nosso futuro, umha nova Galiza com direitos sociais, liberdades e independência.

Cada dia que passa mais convencid@s estamos da urgente e ineludível necessidade de reorganizar a esquerda patriótica galega sobre novos pilares pois sem umha ferramenta ampla, plural e de massas no que converjam todas as forças políticas e sociais que consideramos que sem soberania nom há mudança social, a derrota estratégica da Galiza e do seu povo é simples questom de tempo.

Nom negamos as nossas responsabilidades no desamparo coletivo que padece o País e a sua imensa maioria social, embora pola sua dimensom e influência social nom sejam exatamente idênticas as que emanam do independentismo e da esquerda nacionalista. As forças políticas e sociais da esquerda soberanista e independentista estamos condenadas ao acordo para acompanhando as luitas e anelos do nosso povo superarmos coletivamente este demoledor diagnóstico que anticipa tempos oscuros, mas claramente inevitáveis se luitarmos unidas.

Sabemos que a partir do dia 20 à noite inevitavelmente vam-se produzir movimentos no seio do nacionalismo de esquerda e que as propostas que o independentismo socialista vem formulando contra vento e maré lograrám maior recetividade.

É necessário assinarmos um Pacto por Galiza, um acordo sólido de caráter estratégico que permita avaliar, debater e acordar um conjunto de medidas visadas a recompor o espaço da esquerda patriótica em base a umha ampla aliança dotada de um programa avançado.

É imprescindível recuperarmos espaços comuns de intervençome mestizagem, passar da teoria à prática. A constituiçom de umPólo Patriótico ruturista é inevitável para podermos reverter as tendências em curso e evitarmos o triunfo dos planos da burguesia e do imperialismo de converter-nos num país escravo, carente de futuro, onde extrair matérias primas, mao de obra barata e instalar indústrias altamente poluintes.

Temos que confluir para alterarmos a resignaçom, a desmobilizaçom, o desencanto, as tendências disgregadoras e amórficas em que estám lamentavelmente instalados destacados setores do nacionalismo e do independentismo galego, para inserir ánimo e dotar o nosso povo de umha estrategia coerente de libertaçom nacional e emancipaçom social.

Galiza como casa comum do povo trabalhador galego exige quebrar com as inércias, com muitos métodos e estilos de intervençom, com as incoerências entre o que se afirma e o que se fai, para assim recuperarmos o coraçom de milhares de ativistas sociais, de povo de Moncho Reboiras, que a dia de hoje continua confuso, perplexo e instalado na oscuridade do possibilismo ou do derrotismo.

Direçom Nacional de Agora Galiza

Na Pátria, 14 de dezembro de 2015


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