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2016020120310180587Galiza - Sermos Galiza - [O. Rodil] O presidente da Associaçom para a defesa da ria de Ponte Vedra assegura que o governo espanhol tinha preparada a prórroga antes do 20-D mas que nom a fijo pública para evitar o "custo eleitoral". 


Continuam as mostras de rejeiçom à prórroga que o governo espanhol concedeu, em funçons, a Ence-Elnosa para ficar 60 anos mais na ria de Ponte Vedra. Após a multitudinária manifestaçom do 30 de janeiro na cidade do Leres, o coletivo arterrorístico –como eles próprios se definem—Poetarras dedicou umha música como já figera com as amizades perigosas de Feijóo.

Entretanto, as organizaçons e coletivos que integram a Plataforma Ence Fora planificam novas açons para evitar que a pasteira fique na ria. Conversamos com Antón Masa, presidente da APDR.

Como avaliades a manifestaçom polas ruas de Ponte Vedra?

Foi um ato muito positivo. Cremos que a gente demonstrou o que vínhamos dizendo desde há tempo, que existe umha crispaçom muito grande com este assunto e fijo-se sentir. Agora temos que trabalhar para ver como manter este clima.

Que açons desenvolveredes agora?

Estamos a avaliar como atuar por todos os meios. As distintas organizaçons que compoem a plataforma iniciarán açons pola vía judicial e os possíveis recursos que se podan apresentar tamén pola vía administrativa. Mas non vamos abandonar a mobilizaçom social. Quarta-feira (3 de fevereiro) temos umha reuniom, mais haverá que desenvolver açons mais concretas, ora ben, con mais exixencia. Quanto a nós, na Associaçom para a defesa da ria vamos fazer cousas polo Entruido como preparar un cantar de cego que levaremos ás rúas e aos bares e que non descartamos apresentar ao concurso de murgas.

A que cres que se deve a pressa do governo em funcións por aprovar a prórroga dunha concesión que non acaba até 2018?

Pessoalmente tenho claro que houbo pressa mais tambén demora. Tiñan preparada a ordem antes das eleiçons do 20 de dezembro mas non quixeron facelo público polo custo eleitoral que lles podía carrexar ou mesmo pola chegada dun novo governo no que eles non estejam. Precisan defender Ence porque é a súa empresa. Trátase dos seus propios interesses e de procurar novos postos no Conselho de Administración no que, atualmente xa están, entre outras pessoas, a ex-ministra Isabel Tocino, e o ex-conselheiro do Meio Ambiente Carlos del Álamo. Buscan máis poltronas.

Neste senso, Galiza non conta con ferramentas para contradizer a decison do governo espanhol…

Mentres Galiza non sexa quen de sacar de enriba o Partido Popular vai ser difícil que isto non aconteza. No Estado español aínda non hai novo goberno mais si Parlamento e pode actuar. Mesmo pode revogar a decisión. Neste senso, estamos a presionar o PSOE e Podemos para que o fagan. Desde o PSOE xa presentaron un par de iniciativas e temos claro que calquera novo executivo tería a obriga de revogar a prórroga mais tamén a Lei de Costas de 2013.

Os postos de trabalho da fábrica están a ser usados como argumento para defender a permanencia de Ence-Elnosa na ria. Como combinar isto coa defesa ecolóxica do território?

Dificilmente se pode combinar. Porén, os comités de empresa enganam-se de inimigo. Non é a vezinhança de Ponte vedra ou o governo municipal senom os empresarios. Eles tiveron tempo para solucionar o problema antes de que xurdise e non o fixeron. O que queren é fazer pasta, mais non da de papel.

Veremos Ence fora da ria?

Esta nom é unha decisom firme e cabe a possibilidade de que non se execute. Ora ben, iso terá moito a ver coa capacidade de mobilización. Vai ser muito importante.  


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