Foto de FirkinCat (CC BY 3.0) - Monumento às vítimas do desastre da barragem da Veiga.
Na madrugada do dia 9 de janeiro de 1959, a barragem da Veiga da Tera rompeu a montante da aldeia de Riba de Lago. Os cerca de 8 milhons de metros cúbicos de água contidos pola obra civil, cairam de vez sobre a aldeia, matando 144 pessoas e sendo recuperados apenas 28 cadáveres. O resto descansam ainda no fundo do Lago de Seabra, e 57 anos depois do desastre, continuam com vida pessoas afetadas ou que perdérom familiares e pessoas conhecidas naquela noite de 8 para 9 de janeiro. Embora a aldeia foi reconstruida numha outra localizaçom, Riba de Lago Novo, o local original nunca foi abandonado completamente: com 37 moradoras e moradores, hoje está a ser recuperado.
A barragem da Veiga foi construida pola ditadura fascista de Francisco Franco, a mesma que ocultou na imprensa oficial o desastre, em pleno éxtase dos pantanos - o Estado espanhol chegou a ser o segundo do mundo em número de grandes barragens, apesar do gravíssimo e irreparável impacto ambiental desse tipo de obras. Com graves deficiências na construçom, segundo confessárom operários participantes nas obras, resistiu apenas três anos de uso. No entanto, a única pessoa com sentença condenatória foi um simples operário, sem ser avaliada a influência das pressas no processo construtivo ou o descasso numha poupança temerária. Um caso que, em inícios do século XXI, tem capítulos similares no país. Também se perdeu, nos caminhos através da hierarquia franquista, a ajuda económica internacional - o caso despertou grande interesse em todo o mundo.
Atos no dia 9 em Riba de Lago Novo
Ao longo do dia 9 Riba de Lago Novo terá atos de lembrança do desastre, incluindo charlas, projeçons de documentários e atos por volta das tradiçons na comarca da Seabra.