Os juízes e fiscais do regime assanham-se com o rapaz, impondo-lhe umha medida desproporcionadíssima, com o evidente objetivo de dissuadir, por meio de umha resposta tam brutal, a quem se atrever a enfrentar os poderosos.
Os dous pesos e duas medidas do Estado ficam claros neste caso. Por um bofetom ninguém vai preso na Galiza, e menos ainda sendo menor de idade. O que o juiz castiga com cárcere nom é um bofetom, mas umha afrenta ao poder espanhol; da mesma maneira que ao punir o jovem o juiz nom pretende que deixem de existir os bofetons na Galiza, mas que a gente comum nom pense em impingi-los aos que mandam. O encarceramento deste moço é umha medida para manter a populaçom submissa.
A dupla vara de medir também se aprecia entre os políticos e jornalistas. Quando se ajoelham perante o discurso oficial de "condena da violência", estám a silenciar com cumplicidade a verdadeira violência que se vive neste país, ao lado da qual o bofetom é umha anedota. A violência que os subordinados de Rajoi, às suas ordens, praticam diariamente contra a gente: as cargas policiais (onde se repartem muito mais que bofetons), as detençons de ativistas políticos e a ilegalizaçom de Causa Galiza, as torturas nas esquadras e prisons, os despejos de famílias deixadas na rua a ponta de pistola, etc.
Sem entrar a avaliar a decisom do jovem de responder a Rajoi com umha pequena devoluçom da violência, de Ceivar (Organismo Popular Antirepressivo) solidarizamo-nos com ele pola desmedida repressom que sofre, e exigimos a sua libertaçom imediata e incondicional, bem como o fim da campanha de linchamento público orquestrada pola polícia e executada servilmente polos meios de comunicaçom do regime.
Solidariedade com Andrés!
Queremo-lo na rua!
Paremos o fascismo.