Após semanas de resistência, de repressão policial sob denúncias falsas, segundo o testemunho das e dos próprios ativistas, apoiado por filmagens e fotografias, e de campanha desinformativa dirigida polo presidente da Câmara Municipal, Abel Caballero (PSOE), a vizinhança de Coia sai mais um dia às ruas viguesas.
Esta vez, focam a denúncia nos direitos sociais, cuja destruição ficou patente com o caso da pretensa e caprichosa instalação de um barco em uma rotunda do bairro viguês. A explicação para o formato deste protesto está no texto da própria convocatória:
"Os direitos sociais estão mortos! Melhor dito, estão a matá-los!
Matam-os quotidianamente com recortes, privatizando-os, cortando verbas, deixando-os em mãos da caridade...
Nesse assassinato colaboram todos: empresas, governos (central, Junta e câmaras municipais), troika...
No caso de Vigo, o dinheiro que dizem que não há para políticas sociais, sim aparece agora para chantar um barco numa rotonda, para empresas amigas, para horas extras da polícia...
Por isso tudo, velamos os nossos direitos numa rotonda, para obrigá-los a falar:
- do colapso do departamento de Bem-estar Social
- dos atrasos na tramitação de ajudas como a RISGA
- dos meses de espera por uma cita com a trabalhadora social
- das tensões que sofrem as próprias trabalhadoras sociais autónomas,
- da insuficiencia das verbas para políticas sociais
- das denegações injustificadas das ajudas de emergência
- da miséria e precariedade na que vivemos uma grande parte dessa cidade que eles dizem que é formosa e que nos precisamos justa antes de falar de estética.
NÃO PODE SER, O DINHEIRO NA ROTUNDA E A GENTE SEM COMER!
NEM DINHEIRO NA ROTUNDA, NEM ESTADO POLICIAL!!"