A convocatória espontánea de companheiros, companheiras e amizades de Aarom Curbeira, detido por protestar contra as políticas educativas do PP durante a presença do presidente Feijó na USC, reuniu mais de umha centena de vizinhos e vizinhas da vila de Pontedeume, no noroeste da Galiza.
A solidariedade foi muito significativa hoje em Pontedeume. As políticas crescentemente repressivas dos governos, que mandam a polícia contra quem ousa mostrar o seu inconformismo, está a ter a melhor resposta por parte de crescentes setores populares: a neutralizaçom das estratégias criminalizadoras desenvolvidas polos poderes político e mediático.
Foi isso que se encenou nesta tarde de novembro na vila de Pontedeume. Nom é preciso grande nível de politizaçom para "cheirar" a campanha repressiva dirigida polo PP contra a juventude rebelde. Som as vizinhas e vizinhos de Aarom os que melhor sabem que se trata de um jovem trabalhador e estudante, ativista político e abertamente defensor da independência da Galiza. Nengumha dessas caraterísticas é crime nem pode sê-lo, daí que na convocatória escrevessem "Defender a terra nom é delito!".
Umha faixa despregada às portas da cámara municipal explicitou esse apoio: "Nom à repressom: força Aarom". Um companheiro e a irmá de Aarom tomárom a palavra, dando leitura a umha saudaçom do próprio Aarom, que agradeceu o apoio dos seus vizinhos e vizinhas.
Fotos: @LaraSotoGz
Companheiros/as e amizades de Aarom Curbeira convocam concentraçom solidária hoje em Pontedeume
Um dia depois da sua detençom arbitrária pola força repressiva espanhola, vizinhança de Pontedeume convoca umha concentraçom solidária com o jovem independentista.
Se bem ficárom livres na tardinha de ontem, a polícia espanhola mantém acusaçons contra os dous estudantes detidos ontem na capital galega. O motivo? terem participado num protesto contra a presença do presidente da Junta e do conselheiro da Educaçom, ambos do governante Partido Popular, na Universidade de Compostela.
A participaçom em atos públicos de protesto pacífico como aquele torna assim "perigoso", pois as forças repressivas nom só filmam, fotografam e elaboram informes sobre quem se manifesta, como podem intervir, 15 dias mais tarde, detendo arbitrariamente pessoas sem mais motivo que terem protestado nas ruas do nosso país.
É isso que aconteceu a M. Atanes, estudante ourensano, e a Aarom Curbeira, vizinho de Pontedeume. Ambos estudam na capital da Galiza e ambos aparecêrom nos meios burgueses como supostos "violentos", só por reclamarem apoio do governo ao ensino público e protestarem contra as políticas privatizadoras e antigalegas de Feijó e do seu executivo.
A vizinhança de Pontedeume contesta essa atuaçom repressiva convocando para hoje, às 19 horas, em frente à sede do concelho de Pontedeume em solidariedade especialmente com o vizinho da vila, Aarom Curbeira.