O mito de que é igual o nacionalismo galego que o nacionalismo espanhol é um mito falso que reforça a estrutura de poder e dominação do Estado espanhol sobre o povo galego, o nacionalismo galego é um nacionalismo responde a uma estrutura de poder dum nacionalismo de Estado, o espanhol, herdeiro duma antiga potência colonial que tem como mito fundador Castela e vê como um perigo a existência do povo galego, basco e catalão, como perigo para a continuidade da sua oligarquia no poder.
Esta ideologia deu-se também na Republica espanhola. Chega escutar o seu hino com referências ao Cid e à cor morada da bandeira, que fai referência a Castela, É certo que aceitou uma pequena autonomia, mas para frear o direito destes três países a sua soberania nacional plena.
O golpe de estado de 36 foi também um golpe para salvaguardar a unidade da pátria Espanhola e para que a oligarquia espanhola não perdesse parte dos seus privilégios (a grande oligarquia basca e catalá também vê o Estado espanhol como garante dos seus interesses, são anti-independentistas). O atual Estado espanhol é uni-nacional, só existe a nação espanhola composta de "nacionalidades" e regiões, mas não se nomeiam estas, e a língua comum é o castelhano, as comunidades autonômicas terão como língua cooficial a da sua comunidade, também não se nomeiam que línguas são essas, o castelhano temos o direito e o dever de o saber, às línguas "autonômicas" so o direito, reparemos nisto, língua nacional o castelhano, línguas "autonômicas" nem tenhem nome.
A ideologia do Estado, a nacionalista espanhola, vê como um problema os nacionalismos "periféricos" um problema a resolver. São "insaciáveis", são "insolidários con el resto de los españoles", são uma "ameaça para a convivência" (de fato acontece todo o contrário, mais acentuado no caso da Galiza: sendo um país rico em recursos naturais, somos diretamente espoliados desde a Metrópole, com a cumplicidade duma media-alta burguesia galega clientelar e provinciana, vendida aos interesses de quem governa em Madrid).
Que a Galiza tenha plena soberania nacional para administrar os seus recursos não é visto como direito pelo nacionalismo espanhol, que existamos como comunidade histórica e linguistica diferente a castelhana é tratado como doença crónica pola ideologia imperialista do Estado, um mal a tratar de paliar e, se for possível, eliminar.
Soberania é um direito, o direito de existir e ser célula de universalidade que enriqueça a diversidade humana, é uma luta contra as hegemonias imperialistas, um mundo que nos quer iguais, não socialmente, mas humanamente, para consumir todos o mesmo, e para responder melhor aos ditados das grandes multinacionais.