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fotoacto18nGaliza - Diário Liberdade - Os centros sociais lugueses Mádia Leva! e Carneiro Alado homenagearam a I Assembleia Nacionalista no passado dia 18 de novembro.


 

Durante o ato leu-se o manifesto que reproduzimos a seguir.

Manifesto

"Mais um ano juntamo-nos diante deste Hotel para celebrarmos a leitura do Manifesto da I Assambleia Nacionalista de Lugo. Aquele Manifesto que redigirom as Irmandades da Fala, e que tedes nas maos.

Todas e todos nós que estamos aqui, sabemos da importáncia que tivo esse Manifesto para a História do nosso País, e que por isso mesmo nom merece nengumha mençom oficial no calendário institucional.

É importante entre outros motivos, como já é de sobra conhecido, por ser a primeira vez que se fala da Naçom Galega.
Hoje, 96 anos depois, seguimos na percura de muitas das reivindicaçons daquele Manifesto:

Autonomia integral para Galiza
Autonomia municipal com reconhecimento jurídico das Paróquias de origem sueva
Cooficialidade do idioma galego
Acabamento das Deputaçons Provinciais
Regime tributário sem intervençom do Governo espanhol
Competências educativas plenas para Galiza
Controlo das comunicaçons
Nacionalizaçom do comboio
Controlo do tráfico marítimo
Liquidaçom do exército espanhol

Aqueles Irmandinhos diciam no remate: “Son chegadol-os tempos d’erguere a y-alma e o pensamento da Galicia, e sobor todo a súa soberanía, compreta e sin cativeces. N-isto non caben discusións: Galicia ten direito, un direito fundamental, a ser dona ausoluta de si mesma.”

Hoje, nove dias depois desse triunfo do independentismo catalá, que foi o referendo esse que para Espanha é o innomeável, vemos mais umha vez a genreira, o ódio de Espanha a todas as naçons que ficamos à força dentro do Estado Espanhol. Genreira, ódio, mas também medo. Este medo é polo que se entende tanta mentira, tanta desinformaçom, tanta repressom, tanto cárcere… Por esse medo perseguem o uso da nossa língua, perseguem a celebraçom das nossas datas, perseguem a defesa do nosso monte, dos nossos rios, das nossas costas, perseguem a memória das nossas devanceiras…
Hoje mais umha vez, vemos que nom podemos esperar nada do Estado Espanhol e das suas instituiçons no caminho de construirmos umha Galiza Ceive.

É em tempos coma este quando agromam todas as essências reacionárias e neofranquistas dos governos do PP e os seus aliados de sempre, esses que ainda estám mais à direita, se é possível.

Também o PSOE volve intentar essa 2ª Transiçom, con novas mentiras, prometendo mais cámbios para que todo siga igual. Agora falam de reforma constitucional, de pacto federal, de fazer umha outra vez um marco legal co que poderem aferrolhar-nos doutro jeito.

Mais também nom podemos esquecer a essa esquerda espanhola que tam pouco nos ajuda e à que tam pouco gosta que exerçamos o Direito de Autodeterminaçom. Direito de Autodeterminaçom que pola contra defendem para o Povo Palestiniano ou para o Povo Curdo, ou o Saaráui.

Os tempos ainda nom som chegados, mais nom podemos, nem devemos ficar sentados agardando que cheguem; somos nós quem temos que dar-lhe corda aos relógios, pô-los em hora e juntarmo-nos em Irmandade.

Desde o 1918 a luita do povo galego pola nossa liberdade nom cessou. Houvo distintas etapas, houvo tempos de muita actividade e tempos nos que parecia nom haver nada. Houvo-há momentos de repressom intensa e outros de repressom mais sútil. Houvo distintos jeitos de luita, ensaiarom-se, e às vezes com éxito, novas formas de organizaçom. Houvo luita no interior e luita na Galiza do exílio e da emigraçom.

Como dicia Xosé Mª Diaz Castro, semelha que Galiza é um continuo tecer e destecer. Aqui estamos juntas, assim vos convidamos, as distintas organizaçons nacionalistas de Lugo, entre as que há reais diferências, mas, de certo som mais as cousas que temos em comum que aquelas que parece que nos separam.

Temos a obriga cos irmaos e irmás que nos precederom na luita de Libertaçom Nacional de continuarmos coa tarefa de construir desde já um futuro de liberdade.

Temos a obriga co nosso País de dar passos cara adiante, cara a libertaçom da Galiza superando as nossas diferências.

Irmás, irmaos, recolhamos e recuperemos hoje aqui o compromisso daquela Irmandade da Fala e luitemos por umha Galiza nossa.

VIVA AS IRMANDADES DA FALA!
VIVA GALIZA CEIVE!

Lugo, 18-N-2014"

 


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