Desde há uns anos a empresa organizadora dessa prova desportiva, Unipublic, encontrou um filom na Galiza do que está a tirar umha boa talhada. Administraçons públicas de todas as cores sempre dispostas a pagar para que algumha etapinha passe por aqui, seica para fomentar o turismo, quer dizer, os interesses económicos dalguns empresários que pretendem fazer passar por interesses gerais.
Nom há tanto interesse à hora de acabar com a precariedade laboral e a sobreexploraçom que padecem as e os trabalhadores do setor da hotelaria, nem com as negativas consequências sociais, económicas, ambientais e urbanísticas do turismo imposto como a única alternativa económica para as Rias Baixas.
No contexto atual consideramos que as administraçons nom podem seguir a entregar, ano após ano, uns recursos públicos que som muito mais necessários para o mantenimento dos serviços públicos ou para outras questons que sim som de interesse geral, como o desporto de base, por citar um exemplo.
Ademais, como todo o que rodeia o desporto oficial no Estado espanhol, a Vuelta a España também tem o objetivo político de ajudar a impor esse invento denominado naçom espanhola, enteléquia bastante precária (e por isso, necessitada de legitimaçom) e baseada na negaçom da realidade nacional da Galiza. Neste sentido, é triste que fosse precisamente o governo municipal de Ponte Vedra o que iniciasse no seu momento esta moda de trazer pola nossa cidade umha prova desportiva que cumpre um papel político tam evidente.
Foto: Bandeiras galegas hoje em Pontedeume @jcabalar