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gaita cantigasGaliza - Sermos Galiza - Todos os peritos achavam que aquela gaita das Cantigas de Santa Maria provinha da imaginação do iluminador mas Paulo Carpinteiro confiou na fidelidade da iconografia da obra de Afonso X e decidiu reproduzir o instrumento. O resultado: uma gaita com enormes posibilidades que confirma uma cultura pioneira na Idade Média. 


A gaita podia ser construída e tocada com resultados surpreendentes. O lutier Paulo Carpinteiro é o protagonista de uma noticia que muda a história da gaita e confirma que a cultura que se produzia em galego-português tinha um lugar pioneiro na Idade Média. 

O surpreendente trabalho de Carpinteiro basea-se numa ilustração da cantiga 350 que até agora fora interpretado como fantasia do iluminador já que as gaitas de mais de um bordão, como é a da imagem, não estão datadas até dous séculos depois. Partindo da condição de músico de Afonso X e do seu proceder minucioso com a obra dele e as iconografias inclusas, Carpinteiro tinha matéria sobre a que trabalhar. “Não acredito, digo, que essa iconografia não represente um instrumento real. É por isto que pensei que se calhar essa gaita fossem duas gaitas montadas num único fole. Quer dizer, o ponteiro grande tocaria acompanhado do mais longo dos bordões longos e com o mais longo dos curtos, e o ponteiro curto tocaria com os outros dous. Isso permite tocar em dous modos diferentes e em duas alturas diferentes”, explica no facebook, onde concretiza as características técnicas do instrumento e as possibilidades da interpretação. 

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Confirmar a suspeita

A partir dessa suspeita, Carpinteiro começou a construir a gaita das cantigas para ver se “fazendo-a exatamente com as mesmas proporções e forma que no desenho, o instrumento era funcional”. Depois de elaborar na sua oficina a gaita, Carpinteiro conclui que a iconografia está pintada a partir de um modelo real o que, a seu ver, significa que na Península havia já no século XIII gaitas de dous bordões. “Com esta gaita poderia ser tocada em todas as possibilidades modais da Idade Média!! Uma gaita com umas possibilidades extraordinárias!!!” conclui Carpinteiro, de uma pesquisa da que dá conta técnica no seu facebook e que mostra, segundo acrescenta, “a enorme diferença cultural entre a Península e o resto da Europa nos séculos medievais, graças aos enormes contributos que árabes e judeus fizeram, e que logo se espalharam pola Europa através do Caminho de Santiago”. 

 


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