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54e6013dc2d01 image galleryGaliza - Novas da Galiza - [Isabel Rei Samartim] A Xunta assinou no mês de fevereiro deste ano um Memorando com o Instituto Camões a respeito do ensino de língua portuguesa na Galiza.


O texto do Memorando, que o governo demorou um mês em fazer público, implementa a língua portuguesa como matéria optativa dentro do ensino primário, secundário e especial, mas com uma grande preocupação por desenvolver estas ações no âmbito das línguas estrangeiras.

De facto, o Memorando tem sido redigido três vezes: Uma, em Castelhano. E mais duas, em duas formas de Galego: A corriqueira da Xunta (o mito da norma oficial) e a internacional, mais conhecida como Português. Só faltava que num texto destas características a Xunta banisse o uso da norma comum. Pois desta não, o Memorando também vai escrito em português.

O texto não implica os contratantes, Xunta e Instituto Camões, em obrigações de natureza jurídica, portanto, pode ser doadamente anulado. Aparece como um dos escassos desenvolvimentos da Lei Paz-Andrade, em vigor desde o mês de abril de 2014. Fala da criação dum programa e dum plano de atuação para a implementação do estudo de português, mas não faz referência ao professorado galego de português, nem a outras entidades que poderiam ajudar a realizar o mesmo labor.

Não parece, pois, um texto completo, nem uma declaração clara de intenções em favor do desenvolvimento do Galego Internacional. Pelo contrário, diminui o valor social do português na Galiza ao ficar redondamente assumido como língua estrangeira, à par do inglês e do francês já presentes no sistema educativo. Também em certa medida desvirtua a Lei Paz-Andrade que estabelece a língua portuguesa como objetivo estratégico, intercompreensível e que nasce na própria Gallaecia, o qual é um reconhecimento sem precedentes, um reconhecimento que nem sequer o Castelhano tem.

Por fortuna, o professorado de ensino primário, secundário e especial pode solicitar o programa plurilíngue para usar português nas aulas sem aguardar pelos passos de tartaruga do atual, mas não permanente, governo da Xunta. A autoformação d@s profissionais da educação tem sido esmagadoramente mais exemplar e efetiva, de maneira que hoje contamos com bastante professorado capaz de ministrar a sua matéria em português.

Perante a ineficácia dos governos, a eficaz iniciativa das pessoas. A maioria da gente já sabe que o português é língua galega. Sejamos Glocais: Pensar global, fazer local. Translademos ao nosso alunado as vantagens da língua global dentro do nosso contexto local e saberemos que estamos a plantar semente de futuro.


Opinião publicada originalmente no n.º 147 do Novas da Galiza, na seção Língua Nacional e tirada da internet através do PGL.

 


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