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080215 cntGaliza - CNT - Com um sentido muito crítico cara aos convocantes desta manifestação, que confiam em medidas institucionais como única forma de salvação da língua galega, desde a CNT de Compostela chamamos a participar ao conjunto da classe operária conscientes de que a língua é o nosso património e a nossa diferença de classe em frente à burguesia que impõe precariedade e recortes de direitos em um processo que pretende nos fazer desaparecer como classe, entre outras coisas privando-nos das nossas identificações simbólicas e relacionais de alcance coletivo, entre as que a língua foi e é uma referência fundamental.


A manifestação terá local neste domingo 8 de Fevereiro, partido desde a Alameda de Compostela às 12 do meio dia.

O GALEGO: LÍNGUA PROLETÁRIA

O galego achega-se cada cada vez mais a uma situação limite. A nossa língua perdeu em menos de meio século aquilo que conseguira conservar durante os 500 anos anteriores, quer dizer, ser a única língua utilizada no dia a dia para uma proporção muito majoritária da população. Os últimos dados estatísticos mostram que por primeira vez na História, menos da metade dos habitantes da Galiza são monolíngües em galego. Além disso, tendo em conta que nas faixas de idades mais temporãs o uso do castelhano impõe-se claramente, se continuar o atual ritmo de desgaleguização, o futuro da nossa língua tornará-se muito incerto.

Desde a CNT temos claro que este não é só um problema de governos e legislação. Equivocam-se as que pensam que quintando ou engadindo um ou outro decreto ou lei se reverterá a tendência. E neste sentido a experiência é muito reveladora. Mália que o galego teve nas últimas décadas mais proteção legal do que nunca, foi neste período no que se perderam mais falantes.

Erram também as que se conformam com atingir uma "convivência pacífica" entre galego e castelhano, na qual ambas línguas tiverem a mesma consideração. Isto não passa de ser uma simples ilusão. O bilingüismo é só uma etapa intermédia até a imposição total de uma ou outra língua. Nós apostamos inequivocamente polo monolingüismo em galego e pela sua hegemonia, como única língua própria que é deste país, ademais de parte fundamental da sua identidade.

Neste sentido, valorizamos a opção do reintegracionismo, por justiça histórica e por visão de futuro. Sabemos que um porvir melhor para o galego do que pinta na atualidade, tem que passar necessariamente pela sua inclusão no espaço da lusofonia. O galego é uma chave que nos permite abrir-nos passo no enorme mundo cultural e comunicativo que conformam o resto de países de fala portuguesa e compre aproveitá-lo.

Além destas questões, a minorização do galego tem que ver muito com a sociedade de classes na que vivemos. É inegavél a marcada diferençação do uso galego e do castelhano nas distintas capas da sociedade. A burguesia há já muito que fez a sua escolha pelo castelhano. De facto, a assunção do castelhano como primeira língua acompanha sempre o processo de desclassamento da classe operária que se impôs de maneira trágica nas últimas décadas. Se queremos ser coma eles temos que começar a falar coma eles. Embora, nunca seremos coma eles e não devemos querer sê-lo. Podemos afirmar que o galego é uma língua proletária e, por tanto, a sua hegemonia só pode vir da mão de uma toma massiva de consciência de classe e da vitória do proletariado. Façamos da nossa língua um estandarte da Classe Trabalhadora e da sua luta.

Por uma Galiza proletária e só em galego!


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