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160416 emGaliza - Agora Galiza - A demissom do ministro espanhol em funçons de Indústria e Turismo José Manuel Soria-, por negar de forma reiterada ter possuído empresas radicadas em diversos paraísos fiscais constata um “segredo” a vozes.


Os “Panamá papers” desvelam onde ocultava a monarquia bourbónica parte da sua imensa fortuna, esses 2.300 milhons de dólares que calcula o jornal The New York Times possui Juan Carlos I, o grande comissionista no que se inspiram os que governam o Estado espanhol desde o golpe fascista de 1936.

A detençom do ex-banqueiro Mario Conde por “repatriar” o saqueado de Banesto é umha cortina de fumo para desviar a atençom sobre a Casa Real.

A operaçom de hoje contra a organizaçom fascista Manos Limpias por praticar a extorsom facilitará o arquivo do processo judicial contra a irmá de Felipe VI.

Quatro casos que semelhando nom possuir um fio condutor, som expressom do grau de putrefaçom do regime espanhol e do enorme engano a que nos submete a esquerda institucional com o seu respeito supersticioso com a ilegítima legalidade vigorante.

Certo é que estamos governados por umha organizaçom criminosa chamada PP, especializada no engano e saqueio das arcas públicas. Centos de cargos institucionais e dirigentes do partido de Mariano Rajói e Alberto Nuñez Feijó estám involucrados em tramas de corrupçom que permitírom o seu obsceno enriquecimento.

Enquanto ao povo trabalhador galego se lhe exige resignaçom e compreensom perante a aplicaçom da receita neoliberal de cortes e austeridade, os responsáveis do empobrecimento e a miséria a que nos condena estas políticas amassam imensas fortunas.

Porém, reduzir o fenómeno da corrupçom à casta cleptocrática dos partidos tradicionais do regime espanhol, é negar as origens do problema e portanto as suas soluçons. A corrupçom é consubstancial ao capitalismo, fai parte do seu ADN.

Nom é possível implementar eficaces políticas “regeneradoras” e de controlo para erradicar a corrupçom pois esta fai parte do metabolismo da dominaçom burguesa.

As propostas visadas para corrigir o roubo sistemático, que a casta política realiza por meio do entramado institucional emanado da Constituiçom postfranquista de 1978, nom som mais que um engano dos partidos sistémicos enquadrados em coordenadas progressistas que só pretendem ocupar o espaço que até agora monopolizava o monoportidarismo bicéfalo do PP/PSOE.

Ao igual que o capitalismo o Estado espanhol nom se pode reformar nem maquilhar. Todos os discursos promovidos polo reformismo autótone e/ou espanhol visadas para realizar mudanças mediante reformas constitucionais e protocolos som brindes ao sol, puro ilusionismo para evitar que a indignaçom popular transite face a revolta.

Ocupe quem ocupar a Moncloa e o Monte Pio, ganhe quem ganhar a dupla cita eleitoral dos próximos meses, nom temos a menor dúvida em que tanto o povo trabalhador e empobrecido, assim como o projeto nacional galego, voltarám a perder.

Nom é possível iniciar um proceso de transformaçons profundas sem duas condiçons prévias:

Desenvolvimento de um processo de auto-organizaçom operária e popular com orientaçom e prática classista que desloque a pequena burguesia da direçom dos denominados partidos de “esquerda”.

Implementaçom de umha coerente estratégia de mobilizaçom popular permamente e encadeada, que supere os espartilhos do esterilizante institucionalismo.

O desenrrolo combinado de ambos factores é a única garantia para que o conjunto do povo trabalhador abandone a suicida confiança nas alternativas eleitoralistas das denominadas “novas forças políticas”, cujas limitaçons congénitas, timoratismo e negligência estám sendo constatadas nos governos das chamadas “cidades rebeldes” e cuja inspiraçom internacional -a Syriza grega-, demonstrou ser um monumental calote, um governo continuista submetido às diretrizes da troika.

A dia de hoje nom há as mínimas condiçons subjetivas para que um governo alternativo ao PP/PSOE aplique um programa de choque ao serviço das maiorias sociais, nem para quiméricas rebelions cidadás. Acreditar nisto é como pretender arar o mar ou transformar a neve em ouro.

A juventude trabalhadora e popular galega nom só tem o dever histórico, tem a necessidade de quebrar com o oportunismo e as aparentes “saídas” tam fáceis como falsas dessa adulterada nebulosa curtoprazista à volta de Podemos e as suas confluências, que promete o que nom vai cumprir agindo de analgésico para evitar que prenda a luita popular.

De Agora Galiza somos conscientes da difícil conjuntura sociopolítica que atravessamos a escala nacional e internacional, das dificuldades subjetivas para construir umha ferramenta revolucionária na Galiza, mas também sabemos que nunca choveu que nom escampasse, que a persistência e a constância som virtudes caraterísticas do movimento operário e de libertaçom nacional.

Sabemos que som indivíduos deleznáveis, responsáveis da miséria do povo trabalhador galego e do atraso e opressom da Galiza. Mas nom vamos reproduzir condenas hipócritas contra o ex-ministro Soria, contra Mário Conde ou Miguel Bernard, pois eles nom som mais que simples peças de umha engranagem. As suas quedas som danos colatareis, as cabeças de turco que a oligarquia emprega de forma regular para legitimar o funcionamento do sistema.

Sabemos que nom se trata de mudar de individuos ou de alternáncia eleitoral, o objetivo que perseguimos é umha sociedade sem classes numha Galiza soberana. E a única forma de atingir este objetivo passa por reorganizar a esquerda socialista, independentista e feminista galega. Tarefa titánica, mas imprescindível, sem a qual nom será possível implementar umha estratégia de mobilizaçom e combate.

Porque poderemos ficar afónic@s, mas nom nos cansaremos de afirmar que a luita é o único caminho.

Na Pátria, 15 de abril de 2016

Durante o 170 aniversário da Revoluçom Galega de 1846

Direçom Nacional de Agora Galiza


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