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221215 RajoiGaliza - Agora Galiza - Umha leitura rigorosa e desapaixonada dos resultados das eleiçons às Cortes espanholas realizadas 20 de dezembro exprimem:


1– Umha importante perda de apoio do PP a nível estatal, mais de 3.600.000 votos, embora ficando como o partido mais votado com 7.215.752 sufrágios (28.72%).

2– Umha similar tendência à baixa do PSOE, perto de 1.500.000 votos menos, mas mantendo o segundo posto no ranquing eleitoral com 5.350.779 (22.01%).

3– Irruçom de Podemos, atingindo 5.189.000 votos (20.66%) computando as coaligaçons que hegemonizava na Catalunha, País Valenciá e Galiza.
4– Ciudadanos fica como quarta força política, mui por baixo das previsons dos inquéritos, com 3.500.541votos (13.93%).

5– IU perde mais de 750 mil votos, ficando por baixo do milhom de sufrágios (3.67%).

6– Os resultados na Comunidade Autónoma Galega som similares respeito ao declive do PP, embora mais suavizado que a escala estatal, enquanto o PSOE aguanta melhor que no conjunto do Estado espanhol o seu declive, e A Marea -a coligaçom de Podemos, IU e Anova- sim logra aqui o sorpasso sobre o PSOE.
“PPdG” perde 260 mil votos, passando de 864.567 (52.53%) a 605.178 (37.10%).
PSOE perde 100 mil, passando de 457.633 (27.81%) a 347.942 (21.33%).
Em Marea atinge 408.370 votos, o que supom 25.04% do eleitorado.
Destacar que Ciudadanos logra 1 deputado com 147.910 votos (9.07%).
O nacionalismo galego fica sem representaçom nas Cortes, perdendo mais de 110.000 votos, passando de 184.037 (11.18%) a 70.464 (4.32%).

Os resultados de onte constatam que os dous partidos tradicionais do regime postfranquista sofrem um severo desgaste, embora no caso do PP o castigo é mui inferior ao dano causado polas suas políticas de austeridade e cortes que só provocárom dor, sofrimento e empobrecimento.

Podemos logra concentrar a sua volta o voto protesto, indignado, desse amplo setor das massas que reclama mudanças e um câmbio de rumo, mas os seus resultados ficam mui afastados dos objetivos de poder governar e mesmo sem lograr atingir superar o PSOE.

Porém, o regime da Constituiçom do 78 logrou os seus principais objetivos: dos 4 partidos que nesta ocasiom os poderes fácticos consideravam essenciais para estabilizar a II Restauraçom Bourbónica, os dous tradicionais [PP e PSOE] mantenhem 51% do eleitorado, e as duas forças auxiliares de recâmbio, Podemos e Ciudadanos ficam mui afastadas das previsons.

Onte ganhou Espanha, nom só a do Ibex 35, a monarquia e a corruçom, ganhou a Espanha centralista republicana, a do chauvinismo progressista que nunca vai permitir que a Galiza poda decidir livremente o seu destino.

Umha força revolucionária age sempre com a verdade por diante, nom engana ao seu povo, eis polo que mais umha vez denunciamos que o fenómeno eleitoral denominado Podemos é filho do PSOE de 1982 e primo da Syriza grega. A sua direçom tem umha clara funçom: evitar a recomposiçom do campo popular após ter logrado destivar o movimento de massas promovendo umha descafeinada alternativa eleitoral que canalizou pola via institucional o malestar social, alimentando o ilusionismo parlamentar e deixando completamente desarmada à classe trabalhadora, mas também atualizando sobre aparentemente novos conceitos o projeto centralista e imperialista espanhol.

Os resultados da coligaçom liderada polo BNG som altamente negativos, superiores às mais adversas previsons.
Com este quadro, a esquerda independentista e socialista galega articulada em Agora Galiza considera que chegou o momento de iniciar umha profunda reflexom coletiva no conjunto das forças políticas e sociais que situadas no eixo da esquerda temos a Galiza como centro de gravidade.

Chegou a hora da refundaçom coletiva, de revisar as nossas trajetórias, de corrigir erros táticos, métodos e estilos de intervençom e comunicaçom, chegou a hora de agirmos com patriotismo e valentia, e darmos por superado um ciclo abrindo umha nova etapa.

Com humildade e modéstia consideramos que a última década lamentavelmente constata que nem a esquerda independentista nem o nacionalismo de esquerda temos sido capazes de conetar com aquele setor do nosso povo desencantado com a Espanha do PP e do PSOE, com a Galiza que reclama mudanças e nom se resigna às políticas ultraliberais de Madrid e Bruxelas.

Temos que iniciar um sincero processo de reagrupamento, de convergência, de unidade de açom mediante um processo de debate político e ideológico que culmine com o nascimento da ferramenta de luita que o povo trabalhador galego e a Galiza necessita.

Umha força política-movimento social dotado de um programa avançado, afastado dos timoratismos e leituras incorretas do que hoje é a Galiza, e basicamente da Pátria que queremos. Umha força rebelde, indiscutivelmente de esquerda e independentista. Do contrário Galiza está inexoravelmente condenada a desaparecer, engolida pola pressom assimilacionista de Espanha e da UE, tendência acelerada pola claudicaçom e abandono dos princípios medulares caraterísticos de um movimento de libertaçom nacional por parte de esse setor do nacionalismo e do independentismo entregado à quimera de que umha Espanha pogre facilitará a nossa emancipaçom e permitirá a superaçom do nosso atraso e a dependência.

Antes do 20D reclamamos um Pacto por Galiza como primeiro passo para constituir um Pólo Patriótico ruturista qe culmine com a recomposiçom e refundaçom integral do campo da esquerda que acredita nas imensas potencialidades do nosso povo, e que somos nós as galegas e os galegos o sujeito da nossa emancipaçom e libertaçom.

Mas para Agora Galiza, independentente de nomenclaturas e folhas de rota, qualquer outro modelo que coincida em similares objetivos vai contar com a nossa adesom.

Somos conscientes que a esquerda nacionalista, soberanista e independentista é muito mais que os 70 mil votos de NÓS-Candidatura Galega.

Nom som horas de lágrimas,nem de lamentos, e sim de reflexions profundas e decisons corajosas, procurando as raízes que provocam nom a defenestraçom eleitoral do BNG, e sim a situaçom limite na que se acha a Galiza e portanto o povo trabalhador e empobrecido da Galiza. Pois hoje nom estamos pior que onte!, a gravidade da situaçom nom é que o nacionalismo ficasse sem representaçom nas Cortes, é que a falsa “normalidade democrática” apoderou-se de todo e também de nós, pois é nos centros de trabalho e ensino, é nas ruas, onde se visibiliza o conflito e se ganham as luitas.

Há que enterrar a estratégia do curtoprazismo eleitoral pois certificou-se que onte fracassou estrepitosamente. O movimento de libertaçom nacional e emancipaçom social da Galiza necessita dotar-se dumha estratégia que ilusione, dinamice e multiplique vontades para assegurarmos que temos forças, recursos, experiências para superarmos esta delicada situaçom, pois sem nós Galiza como sujeito e projeto político nom sobrevivirá e portanto nom será possível construir a sociedade que sonhamos e queremos.

Maos à obra para seduzirmos o nosso povo e relançar a luita por um País novo com justiça social, direitos sociais e liberdades plenas.
Direçom Nacional de Agora Galiza

Na Pátria, 21 de dezembro de 2015


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