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16824857805 849ac41669 zGaliza - Diário Liberdade - A vindoura corrida eleitoral no Reino da Espanha deixa já os primeiros exercícios de circo.


Foto de Cyberfrancis (CC by-nc-nd/2.0/) - Pablo Iglesias, líder de Podemos.

Logo de vários dias em que a notícia circulava através de diferentes meios, nesta sexta-feira (25/09) Anova-IN e as sucursais na Galiza dos partidos espanhóis Podemos e Izquierda Unida figêrom público um comunicado em que se confirma a abertura de umha via para a integraçom da Anova numha futura candidatura da socialdemocracia espanhola ao Congresso dos e das Deputadas em Madrid.

Nos últimos meses fôrom constantes as declaraçons, opinions e debates sobre a configuraçom de umha candidatura em chave galega para a cita eleitoral no Estado espanhol, que terá dezembro como provável data de celebraçom. As diferentes propostas das sucursais autonómicas dos partidos espanhóis - partidários de diluir o caráter galego da candidatura fazendo fincapé exclusivamente no caráter progressista no que diz a respeito de economia, trabalho e direitos sociais - e de parte do nacionalismo galego - nomeadamente o BNG, contrário a consentir interferências das centrais madrilenas - marcavam dous caminhos diferentes que a configuraçom da dita candidatura poderia ter. O novo comunicado é um passo à frente a favor das teses espanholistas, ao excluír o BNG do comunicado.

O comunicado, ambíguo em termos gerais, repete pontos comuns nas mensagens costumeiras do Podemos espanhol, e nom estabelece qualquer referência específica à Galiza. Deixa também algumhas chaves: Para começar, tentará continuar na linha das chamadas Marés - candidaturas lideradas por partidos do ámbito de Anova e a IU, principalmente, e com integraçom doutros perfis heterogéneos - que nas últimas eleiçons municipais conseguirom derrotar os governos reacionários do PP em várias das maiores cidades e vilas da Galiza. Ainda, o comunicado nom fai qualquer referência ao BNG, entendendo-se portanto que a sua presença nom será imprescindível. Para terminar, o acordo terá, segundo Podemos, IU e Anova, caráter político mas nom eleitoral - embora chega a apenas dous meses antes das eleiçons.

Em resumo, o cenário que se pode prever no curto prazo é o afondamento do submetimento de parte do nacionalismo galego nas diretrizes das forças da socialdemocracia espanhola que anseiam a sua consolidaçom na Galiza.

Falta por ver até que ponto alcançará a cesom: umha das exigências do Podemos é que qualquer candidatura em que participar inclua o seu nome, de forma que a candidatura "galega" poderia mesmo ter um nome comum a todas as candidaturas espanholas.

BNG diz que o acordo é fraudulento

O BNG avaliou hoje mesmo o comunicado, e dixo através do seu vozeiro nacional, Xabier Vence, que o acordo é umha fraude. Para Vence, a potencial candidatura hispano-galega só viria a "reforçar o grupo parlamentar de Pablo Iglesias" ou mesmo facilitar o seu posto de "ministro num eventual governo de coligaçom".

Comunicado de Podemos, Izquierda Unida e Anova-IN

A seguir, o comunicado emitido por Podemos, IU e Anova-IN

Dende Anova-Irmandade Nacionalista, Esquerda Unida e Podemos Galiza enviamos o seguinte comunicado en relación ás conversas e conclusións que levamos desenvolvendo dende hai tempo.

Entre as tres organizacións existen coincidencias importantes á hora de analizar o contexto sociopolítico actual e o camiño a seguir. É por isto que estamos a traballar, como xa o víñamos facendo en moitos espazos políticos e sociais que a nosa xente comparte dende hai tempo, para tratar de chegar a un marco de acordo político dende o que construirmos en común con outros actores. Neste eido, temos o compromiso de facer o noso papel como organizacións políticas, que para nós é o de facilitar a unidade popular entre a cidadanía activa que se rebela e os partidos da esquerda rupturista e de cambio. Só así poderemos darlle a volta ás políticas que levan anos agredindo á cidadanía do común e avanzar co horizonte posto nun cambio de réxime.

Entendemos que no proceso de cara ás eleccións ás Cortes do Estado hai tres piares básicos: as mareas, os partidos da esquerda rupturista e de cambio e as iniciativas cidadás, plataformas e demais axentes. Como partidos políticos que somos, loxicamente tratamos de facer a nosa parte, chegando a puntos en común con outros partidos. Animamos a que todas as partes fagan o mesmo nos seus ámbitos para, despois, tratarmos de construír conxuntamente.

Froito desas conversas estamos a traballar nun preacordo de carácter político, non electoral, por canto entendemos que existen moitos outros actores cos que construír unha alternativa electoral concreta. Porén, cómpre antes chegar a acordos en clave política para definir os obxectivos. Cremos que temos a obriga e a responsabilidade de irmos concretando cuestións, amais de seguir en interlocución constante con todos os axentes, por canto o réxime e a súa maquinaria non esperan.

O dito preacordo está a ser socializado como posíbel punto de partida cos principais actores sociais e políticos que, ao noso entender, poderían construír colectivamente unha alternativa para acadar os anteditos obxectivos. A nosa intención é a de, unha vez feito isto, presentar publicamente os termos do documento político a vindeira semana.

Por último, queremos aclarar que entendemos este preacordo como un novo chanzo na conformación dun espazo amplo, rupturista e plural para o rescate da democracia, ruptura co rexime do 78 e a mudanza das políticas, mais sempre co ollar posto na referencia que constitúen os espazos de confluencia que mudaron o panorama de moitos concellos galegos o pasado 24M.


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