É o caso de umha galega, Elena Salgado, que ocupou o cargo de ministra da Economia e das Finanças no governo do PSOE que presidiu Rodríguez Zapatero. “Casualmente”, acabou de ser incorporada ao Conselho de Administraçom da multinacional Nueva Pescanova (antiga Pescanova), com sede na Galiza, mas com capitais maioritariamente estrangeiros.
Idêntica “sorte” a do ex-conselheiro da Indústria no governo autonómico do PP, Antonio Couceiro, que também fará parte, doravante, do mesmo organismo de administraçom da antiga Pescanova, que recentemente atravessou umha crise que resolveu despedindo mais de 1.000 trabalhadores e trabalhadoras.
A firma multinacional Nueva Pescanova terá no seu Conselho de Administraçom representantes do capital financeiro (Abanca, Bankia, BBVA, CaixaBank, Grupo Popular, HSBC e UBI Banca), que garantírom a sua viabilidade no mercado internacional e som donas da maior parte da empresa, ficando menos de 20% em maos da antiga Pescanova.
Concretamente, o alargamento de capital que pujo em andamento a nova empresa multinacional repartiu-se nas seguintes percentagens: CaixaBank (15,55%), Banco de Sabadell (14,46%), Grupo Popular (9,17%), HSBC (8,93%), Abanca (8,19%), BBVA (6,25%), Bankia (4,59%) e Ubi Banca Internacional (4,14%). Os restantes 5,84% ficam em maos de Purple Ruby e outros acionistas menores deterám 2,88%. Ao todo, a ampliaçom foi realizada entre 55 sócios, o que garante o domínio a CaixaBank e ao Banco Sabadell, dada a improbabilidade de acordos entre os restos.
O grande capital transnacional volta a mostrar a sua disposiçom para incorporar representantes políticos ao seu serviço tanto nas instituiçons públicas como nas privadas, prática consagrada na Galiza e no resto do mundo capitalista.
Foto: Marcello Nicolato