O estudantado da esquerda independentista denuncia nas ruas e nas aulas a imposiçom dos padrons de comportamento desenhados pola Igreja e o hetero-patriacado no ensino e em todos os ámbitos da nossa vida. Nom queremos que se nos obrigue a assumir uns roles perpetuadores da opressom de género, queremos eleger livremente, desfrutar da nossa sexualidade com naturalidade e eliminar a alienaçom introduzida e reproduzida no ensino.
Os cánons de comportamento machistas que se nos fam assimilar violentamente som reproduzidos já desde as primeiras etapas da escolarizaçom. Imponhem-se-nos ideias hetero-patriarcais já desde os jogos infantis: nas famílias “normais” devem-se cumprir os papeis de mae, pai e filh@s; toda pessoa que se saia da norma será alcunhada de rara, marginada e forçada a introduzir-se na homogeneidade imposta. Às mulheres toca-nos vestir de rosa, jogar às bonecas ou às cozinhas e aspirar a ser mestras, cabeleireiras ou enfermeiras, sempre sonhando com emparelhar com umha pessoa do género oposto; mentres que os homens deverám vestir de azul, jogar ao futebol, e aspirar a ser científicos, doutores ou desportistas, e gostar das mulheres.
Vemos como facilmente assimilamos a ideologia da Igreja Católica sem a necesidade de cursar esta cadeira. Porém, o Estado espanhol emperra-se na sua imposiçom no curriculum escolar, para garantir a sua hegemonia ideológica ante a sua fraqueza atual e sintomática.
Nom é casual a assunçom destes comportamentos: temos que reproduzir a estrutura do núcleo familiar patriarcal, para seguir mantendo a opressom de género e de classe. Se umha pessoa se nega a levar umha vida heterossexual, reconduzirá-se-lhe a modelos que se adaptem ao modo de produçom que a eles lhes beneficia.
Nas etapas superiores do ensino o desprezo a todo o que nom seja heterossexual nom diminui, mas aumenta tomando distintas formas. Além da homofobia explícita nalguns casos (como é o do professor Domingo Neira da USC, e de outros muitos, para o qual seguimos reclamando a sua imediata expulsom), estám os questionamentos, as burlas por trás, a manipulaçom da nossa História e Pré-História, pondo o machismo heteronormativo como um elemento inerente eterno e imutável. Ainda que nom se nos obrigue diretamente, o conceito de “vida ideal e plena” está intimamente ligado a umha sucessom de acontecimentos que devemos seguir: estabelecer umha relaçom heterossexual, casar (com vestido branco, já que nom há nada mais bonito), ter duas ou três crianças, jubilar-se e morrer, sempre com a mesma parelha. Impede-se que as pessoas se realizem, que tenham umha atividade transformadora fora do lar familiar.
Nós acreditamos em que só mediante um ensino que nos eduque na diversidade sexual e de afetos, na toleráncia e na liberdade individual e coletiva poderemos superar o ideário hetero-patriarcal. O ensino que queremos construir, e que construimos com cada insubmissom e com cada denúncia, tem que superar as barreiras do Patriarcado, sendo consciente de que a heteronormatividade está para rachar com ela. De AGIR chamamos a desafiá-los, a mostrar nas ruas e nas aulas o nosso orgulho e as nossas bandeiras do arco-da-velha.
Fora das nossas aulas o integrismo católico e o hetero-patriarcado !
LUITA POLOS TEUS DIREITOS!