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141114 leandro konderBrasil - Diário Liberdade - Reproduzimos os comunicados emitidos pelo PSOL e pelo PCB com motivo do falecimento de Leandro Konder.


PSOL

PSOL lamenta morte de Leandro Konder, o fundador n° 101 do partido

Leandro Konder, um dos mais importantes pensadores marxistas do Brasil, faleceu na tarde desta quarta-feira (12). Leandro Konder nasceu em 1936, em Petrópolis (RJ).

Formado em Direito, Konder exilou-se em 1972, após ser preso e torturado pelo regime militar, morou na Alemanha e depois na França até seu regresso ao Brasil em 1978. Doutorou-se em Filosofia em 1987 no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Era professor do Departamento de Educação da PUC-RJ e do Departamento de História da UFF. Konder sofria de Mal de Parkinson há muitos anos e veio a falecer em casa neste 12 de novembro.

Ex-militante do PCB e do PT, Konder foi o fundador número 101 do PSOL. Nosso partido lamenta profundamente a perda de Leandro Konder e se solidariza com a dor de amigos e familiares. Seu legado político e teórico seguirá conosco e com todos os que acreditam o socialismo.

Leandro Konder: presente!

Executiva Nacional do PSOL
Brasília, 12 de novembro de 2014.


PCB

Morre Leandro Konder, filósofo marxista

Faleceu em sua casa no Rio de Janeiro, aos 78 anos, no dia de ontem, um dos maiores pensadores marxistas contemporâneos. Leandro Konder, nascido em Petrópolis (RJ) em 1936 e pertencente a uma família de comunistas, muito jovem abraçou a militância no Partido Comunista Brasileiro (PCB). Formou-se em Direito, mas dedicou-se prioritariamente ao jornalismo e à filosofia, tendo dado seus primeiros passos como ensaísta, unindo as duas atividades, na revista Estudos Sociais e no jornal Novos Rumos, publicações do PCB nas décadas de 1950 e 1960, até a vigência do golpe empresarial-militar de 1964. Membro do Comitê Cultural do PCB, junto com Carlos Nélson Coutinho, foi pioneiro na divulgação das ideias de György Lukács e Antonio Gramsci no Brasil, ainda nos anos 60.

Posteriormente, publicou obras e textos sobre outros pensadores do campo do marxismo, como Walter Benjamin, Theodor Adorno, Hebert Marcuse, Jean-Paul Sartre. "Marxista de profundo espírito crítico", nas palavras de Coutinho, não aprendeu o marxismo nos manuais da antiga Academia de Ciências da URSS, mas diretamente nos textos clássicos dos teóricos do socialismo. Respeitado por sua vasta produção intelectual, produziu mais de vinte livros e publicou inúmeros textos em jornais e revistas. Depois de 1964, escreveu para Revista Civilização Brasileira, Paz e Terra, Temas de Ciências Humanas, as publicações do PCB Folha da Semana, Voz Operária (esta produzida no exílio, na década de 1970), Voz da Unidade (nos anos oitenta) e, após deixar o partido em 1982, também para a grande imprensa, como Jornal do Brasil e O Globo.

A exemplo de vários intelectuais e militantes de esquerda, foi obrigado a exilar-se em 1972, após ter sido preso e torturado pelos algozes da ditadura. Morou na Alemanha e depois na França, tendo regressado ao Brasil em 1978. Leandro doutorou-se em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e foi professor do Departamento de Educação da PUC-RJ e do Departamento de História da UFF. Em 2002, foi eleito o Intelectual do Ano pelo Fórum do Rio de Janeiro, da UERJ. Coordenou, juntamente com Michael Löwy, a coleção Marxismo e literatura, da Editora Boitempo.

O Comitê Central do PCB vem a público externar seu pesar pela perda deste inovador pensador do marxismo contemporâneo, que nos legou uma obra marcada pelo antidogmatismo e pela forte presença do pensamento dialético. Como deixou claro no livro autobiográfico "Memórias de um intelectual comunista", Leandro Konder continuou, até o fim de sua vida, acreditando no socialismo como caminho possível para a instauração de uma sociedade igualitária e verdadeiramente democrática.


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