As chapas das quais participaram militantes da União da Juventude Rebelião (UJR) e estudantes independentes venceram as eleições para os diretórios centrais nas federais da Paraíba (Campina Grande), Alagoas e Pernambuco (UFCG, Ufal e UFPE) e na Universidade Estadual da Paraíba.
Na UFPB, a vitória foi de uma chapa composta também de militantes da corrente Consulta Popular. E, na UNA-BH, universidade particular mineira com mais de 10 mil estudantes matriculados, derrotamos o DEM (ex-PFL) em aliança com a juventude socialista do PDT.
Na maioria dessas eleições, enfrentamos com êxito tanto o esquerdismo quanto o oportunismo de direita no movimento estudantil. Os resultados dessas eleições demonstram que existe um grande espaço para o crescimento da política revolucionária nas universidades e que, para ocuparmos esse espaço, é necessário trabalharmos com determinação na realização das tarefas políticas, desenvolvendo de maneira profunda as lutas pelos direitos dos estudantes e por melhores condições de ensino nas universidades.
A verdade é que, tanto a adoção da política de cotas raciais e sociais para o ingresso nas universidades, quanto o Programa de Reestruturação das Universidades (Reuni), e mesmo o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aumentaram o contingente de estudantes oriundos de escolas públicas nas universidades públicas. No entanto, como havíamos previsto, o aumento das vagas não foi acompanhado de um aumento substancial do investimento em educação. Recentemente, o governo federal anunciou o corte de R$ 2,3 bilhões no orçamento da educação para 2010, o que vai agravar ainda mais esse quadro.