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charge-latufBrasil - Jornalismo B - [Alexandre Haubrich] O chargista brasileiro Carlos Latuff é reconhecido mundialmente por seus desenhos em defesa dos povos oprimidos. Latuff construiu seu trabalho em lutas internacionalistas, com os zapatistas, na Palestina, e, mais recentemente, nas rebeliões do mundo árabe.


Na entrevista a seguir, concedida com exclusividade ao Jornalismo B, ele fala sobre o mundo das charges e o mundo fora delas, ambos tão grandes e complexos. A entrevista foi publicada originalmente no Jornalismo B Impresso.

Jornalismo B – As charges sempre foram, pra ti, um recurso político?

Carlos Latuff – É a minha maneira pessoal de exercer meu pensamento sobre temas sociais e políticos, já que sou melhor desenhando do que escrevendo.

Qual a importância do “chargismo” na disputa política?

A charge pode servir para expor algo deliberadamente escondido por um político. Pode servir também para expressar um ponto de vista que é, também de maneira deliberada, omitido pelo mainstream media. A charge pode ser muitas coisas, inclusive inócua. Tudo depende da vontade do artista.

Como nasceu teu interesse pela causa palestina? E tua participação nas recentes rebeliões árabes?

Meu apoio à causa palestina se deu por conta de uma viagem aos territórios ocupados por Israel na Cisjordânia em 1999. O contato com os palestinos serviu também para abrir meus olhos para a realidade do mundo árabe.

Recentemente acompanhaste de perto a situação dos moradores de Pinheirinho. O que tens para relatar do que aconteceu lá?

Poucas vezes fui testemunha de um evento tão triste e tão covarde. Famílias que construíram uma vida sobre aquele terreno foram expulsas de maneira vil. Um verdadeiro complô se levantou contra aquela gente humilde: Judiciário paulistano, governador Alckmin, prefeito Cury, o especulador Nahas e empreiteiras. Fomos todos testemunhas de um crime.

A temática da recuperação da memória da Ditadura Militar tem sido recorrente nas tuas charges. Gostaria que falasses um pouco sobre a importância dessa pauta.

Num país em que sequer é possível resgatar a memória dos que combateram e foram torturados e mortos pela ditadura militar, sem ser taxado de revanchista, ações como do Levante da Juventude, e mesmo a restrita Comissão da Verdade, servem para trazer de volta a agenda do dia essa discussão.

Como vês o papel desempenhado pela mídia brasileira, de modo geral?

O papel de sempre, de instrumento de manutenção das coisas como estão.

Analisando a conjuntura mundial atual, e a situação do Brasil, em específico, devemos ficar otimistas ou pessimistas?

Devemos ser realistas e não nos deixarmos levar pelas promessas falsas de mudança. Tudo o que tenho visto são reformas, uma mãozinha de tinta aqui e ali, pra nos fazer crer de que estamos indo bem.


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