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100116 transBrasil - Esquerda - [Luís Leiria] Manifestações em três capitais, convocadas pelo Movimento Passe Livre (MPL), evocam os protestos de 2013 que se espalharam por centenas de cidades do país e fizeram retroceder os aumentos dos preços.


São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte foram palco na última sexta-feira de manifestações contra os aumentos dos preços dos transportes anunciados no início do ano. Os protestos fizeram imediatamente lembrar os que aconteceram em junho de 2013, também contra os aumentos dos preços dos transportes, e que depois de reprimidos ganharam uma força surpreendente e se espalharam por todo o país como um rastilho de pólvora, mostrando o esgotamento da experiência de uma geração mais jovem com o governo do Partido dos Trabalhadores.

PT e PSDB juntos no aumento

Tal como em 2013, a decisão de aumentar as tarifas de ônibus, trem e metro de São Paulo, cujo preço do bilhete unitário subiu de 3,50 reais para 3,80 reais, foi anunciada conjuntamente pelo prefeito (presidente da câmara) de S. Paulo, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, e pelo governador do estado, Geraldo Alckmin, do PSDB. Teoricamente adversários políticos, o aumento dos preços os uniu – tal como já acontecera em junho de 2013.

A semelhança manteve-se no decorrer da manifestação. Tal como os primeiros protestos em 2013, a manifestação de sexta foi pacífica, juntou até 10 mil pessoas, contando com o apoio de partidos de esquerda e de sindicatos, como o combativo sindicato dos trabalhadores do metro. A repressão policial começou sem qualquer pretexto, e usando enorme arsenal de bombas de efeito moral e de gás lacrimogéneo. O centro de São Paulo tornou-se uma praça de guerra e há registos de vídeo que fazem lembrar cenas de filmes do tipo “Mad Max”. O gás foi atirado até no interior de uma estação de metro. Dezessete pessoas foram presas.

Recorde-se que a truculenta Polícia Militar de São Paulo já tivera, no final do ano passado, uma atuação ultraviolenta contra os jovens estudantes do secundário, num protesto que terminou vitorioso.

Rio de Janeiro e Belo Horizonte

No Rio de Janeiro, segundo o MPL, em torno de 6 mil pessoas protestaram, numa manifestação que contou com a presença de rodoviários e outros trabalhadores em luta. “A tarifa 3,40 reais foi derrubada na Justiça em 2015, pois os custos não são justificáveis. Não cabe nenhum argumento técnico que mantenha o aumento para 3,80 reais”, afirma o movimento.

Quando o protesto estava no fim, à chegada à Central do Brasil – a principal estação de comboios urbanos e nó de ligação aos ônibus e metro – a segurança da empresa de comboios começou a tentar expulsar as pessoas da estação e tentou fechar os portões para impedir que a população entrasse de graça. Começou então a repressão.

Em Belo Horizonte, o protesto envolveu umas 600 pessoas e foi o único a não ser reprimido. Lá, o bilhete unitário subiu de 3,40 para 3,70 reais.

Luís Leiria é jornalista português.


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